Um documento apresentado em audiência pública das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, realizada nessa quarta-feira (8/6), aponta que a Marinha comprou comprimidos de uma versão genérica do Viagra na mesma época em que as Forças Armadas já detinham o conhecimento para produzir o medicamento.
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O apontamento foi feito pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO). Segundo ele, a Marinha gastou R$ 33 milhões na compra de 11 milhões de doses do medicamento, entre 2019 e 2022. Ao mesmo tempo, o Exército comprou, ao custo de R$ 88,2 mil, 75 quilos da substância ativa para produzir 3,75 milhões de comprimidos.
O remédio foi comprado pela Marinha do laboratório EMS, do empresário Carlos Sanches, próximo ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A compra é alvo de uma investigação no Tribunal de Contas da União (TCU).
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O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, esteve presente na sessão, onde ele prestou informações sobre temas polêmicos envolvendo militares.
Ao ser questionado sobre o assunto, o ministro afirmou que as compras de viagra e de próteses penianas pelas Forças Armadas "atenderam todos os princípios de eficiência da Administração Pública".
"Como qualquer cidadão, os militares, seus pensionistas e demais usuários dos sistemas de saúde das Forças Armadas, têm direito a atendimento médico especializado. Assim, possuem acesso a consultas de qualidade e procedimento médico, hospitalar e dentário, para o qual contribuem mensalmente, e coparticipam de despesas em caso de procedimentos, exames e internações", afirmou o ministro da Defesa.