Jornal Estado de Minas

APÓS ENCONTRO COM BIDEN

'Mark Ruffles': Bolsonaro rebate críticas de ator de Hulk

O presidente Jair Bolsonaro rebateu as críticas do ator Mark Ruffalo, intérprete do herói Hulk no cinema, na noite dessa quinta-feira (9/6). O astro das telonas chamou o presidente de homem que “não respeita a democracia” e  de ameaça “constante de golpe”.





A declaração foi feita em um tweet destinado ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se reuniu ontem com Bolsonaro. O ator e ativista pedia para que o encontro não ocorresse e que o americano ficasse “do lado da democracia”.

Em resposta, Bolsonaro disse que Ruffalo não havia lido a Constituição Brasileira e ironizou o trabalho do ator: “Tenho certeza que não é tão difícil como as falas do Hulk que você tem que decorar: AGHFRR”, tuitou.


Bolsonaro ainda afirmou que, caso o ator lesse a Constituição, veria que “não apenas estou respeitando, mas protegendo o Estado de Direito do Brasil”. Além disso, Bolsonaro fez piada com o nome do ator, chamando-o de Mark Ruffles.





 

Nos tweets seguintes, Bolsonaro acusa a “esquerda brasileira de querer controlar a imprensa, coibir a liberdade de expressão, censurar a internet e apoiar financeiramente ditaduras, como Cuba e Venezuela. Não eu”.


Em seguida, Bolsonaro se comparou ao Capitão América, que faz parte da liga de super-heróis da Marvel, junto com o Hulk. “Deixe-me simplificar: se o Capitão América for eleito por +55 milhões de pessoas e o Thanos, que é estrangeiro e não sabe nada sobre os EUA, tenta interferir no território ou no processo eleitoral americano, é o Thanos, e não o Capitão América, que está desrespeitando a democracia”, afirmou.


Por fim, Bolsonaro criticou o personagem de Ruffalo: “o Hulk original era muito mais legal. Ele não precisava de um computador para parecer forte e realmente entendia algo sobre a natureza”. Ruffalo é presidente da ONG Water Defense e é crítico ferrenho da gestão Bolsonaro sobre a Amazônia. 





Na última quarta-feira (8/6), Raffalo disse que é preciso escolher entre a Amazônia e Bolsonaro, além de dizer que a floresta está sob ataque. “Todos sabemos de onde as bombas estão vindo", disse, em uma clara referência à postura de Bolsonaro de buscar favorecer atividades econômicas na região em vez de focar em uma postura mais preservacionista.