A agenda do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, na manhã deste sábado (11/6), inclui a realização de uma motociata em Orlando, na Flórida. A partir das 11h, no horário local, ele se encontra com a comunidade brasileira na cidade, quando começará a motociata.
Bolsonaro já promoveu eventos semelhantes pelo Brasil, mas esse é o primeiro em terras estrangeiras - alguns apoiadores já coordenaram motociatas em apoio ao presidente em Miami, porém sem que ele estivesse presente.
A motociata representa um desafio para a segurança de Bolsonaro, e o Itamaraty cuida das relações diplomáticas. Quem informa é a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Conforme a jornalista, o Itamaraty tem costume de integrar a organização e montagem de agendas bilaterais com chefes de Estado, conferências, cúpulas e visitas a empresas e a instituições governamentais. Mas eventos não oficiais com apoiadores são uma situação em particular. Há uma certa dificuldade para a diplomacia brasileira e para oficiais americanos de garantir a segurança de Bolsonaro e seus auxiliares.
O presidente brasileiro também vai à cerimônia de inauguração do vice-consulado do Brasil em Orlando, e participa de uma reunião com os prefeitos de Orlando, Buddy Dyer, e de Miami, Francis Suarez. No fim do dia, retorna a Brasília.
Bolsonaro está no Estados Unidos desde quarta-feira (8/6) para a 9ª Cúpula das Américas, em Los Angeles. Na ocasião, além de se dirigir para a comunidade internacional, que o critica quanto a medidas na área ambiental, também falou para seus eleitores, defendendo liberdades individuais. O desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira também foi tema de suas declarações. A situação com os dois tem tido repercussão negativa para a imagem do governo.
Nas atividades nos Estados Unidos, Bolsonaro ainda se reuniu com o presidente norte-americano Joe Biden, com quem tratou de assuntos como a guerra entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, elogiando sua sinceridade e vontade em resolver problemas como esse que, nas palavras de Bolsonaro, "fogem, obviamente, da responsabilidade de cada um de nós".
Em declaração em live semanal, o presidente brasileiro chegou a trocar o nome de Biden pelo do ex-presidente americano Donald Trump, pelo que se corrigiu.