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Estado de Minas ELEIÇÕES

Carlos Viana ataca Zema: ''Governo de fachada''

O senador e pré-candidato ao governo de Minas participou do"EM Entrevista", podcast transmitido ao vivo pelo Portal Uai


14/06/2022 04:00 - atualizado 14/06/2022 08:00

Carlos Viana (PL), senador, pré-candidato ao governo
''Imaginava que meu nome mudaria o cenário político, mas não que geraria tanto desespero, principalmente no atual governo. É um governo de fachada, que está se baseando só na publicidade'' - Carlos Viana (PL), senador, pré-candidato ao governo (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)

Apesar dos constantes afagos do presidente Jair Bolsonaro a Zema, o senador Carlos Viana (PL) garante que sua presença na eleição estadual continua de pé. Ele fez ontem várias críticas ao político do Novo, acusando-o de fazer um “governo de fachada”. “Só saio da disputa se o presidente disser a mim: ‘Vamos tomar outro rumo’. Enquanto isso não acontecer, estou viajando, fazendo visitas e levando minhas ideias”, assegurou, durante participação no “EM Entrevista”, podcast transmitido ao vivo pelo Portal Uai.



“Imaginava que meu nome mudaria o cenário político, mas não que geraria tanto desespero, principalmente no atual governo. É um governo de fachada, que está se baseando só na publicidade – porque não tem o que apresentar para Minas Gerais”, disparou. “A tentativa é me tirar do jogo no tapetão. E não vão conseguir. Fui convidado pelo presidente Jair Bolsonaro a ser pré-candidato em Minas. Eu não pedi”.

O mais recente aceno do presidente em direção ao governador ocorreu no fim de maio, durante evento empresarial em BH. À época, Bolsonaro sinalizou apoio à reeleição de Zema ao afirmar que “em time que está ganhando não se mexe”. Viana, por sua vez, crê que a possibilidade de matrimônio entre PL e Novo em Minas é “remota”. “O Palácio Tiradentes fechou e não abre mais discussão. Eles querem oferecer ao PL um acordo, mas sem um palanque para Bolsonaro. O presidente não aceita isso. Quem seria o palanque dele se eu saísse da disputa?”, afirmou, indicando que a oferta feita aos liberais envolveria a possibilidade de indicar o vice na chapa situacionista.

No fim de abril, em Uberlândia, no Triângulo, Bolsonaro também deu sinais de apoio a Zema ao erguer sua mão diante do público e classificar o governador como “exemplo para todos”.

“Zema ia ser vaiado pela multidão que estava lá. O presidente levantou (a mão de Zema) para ele não ser vaiado – e foi aplaudido”, contrapôs o senador, ao ser perguntado sobre o episódio. O senador disse que Bolsonaro tentou se aproximar de Zema, mas sem sucesso. ”Sou testemunha do quanto o presidente abriu o Palácio a Minas Gerais. Eles não souberam aproveitar”.

O PL é o terceiro partido de Viana em menos de um ano. Em dezembro do ano passado, ingressou no MDB depois de deixar o PSD. Em abril, porém, levantou acampamento na sigla de Bolsonaro. No ano passado, antes de engrossar os quadros emedebistas, o senador chegou a negociar com os liberais. As tratativas não prosperaram porque deputados do partido indicaram simpatia à reeleição de Zema. Neste ano, mesmo diante da resistência pública de alguns parlamentares, o pré-candidato resolveu se filiar.

O deputado estadual Léo Portela, filho do parlamentar federal Lincoln Portela, vice presidente da Câmara, chegou a chamar de “projeto pessoal” a pré-candidatura de Viana ao governo. “Todas as vezes em que um deputado faz um comentário contra a minha pré-candidatura, respeito, porque cheguei em momento posterior. Queria ter me juntado ao PL em setembro do ano passado, quando procurei Valdemar e conversei sobre o desejo de colocar meu nome (na disputa estadual). Mas havia um pré-acordo com Zema no apoio a Bolsonaro”, rebateu.

Viana deve ter o apoio do Republicanos, outro componente da base aliada a Bolsonaro. Zema, por seu turno, além de estar próximo ao PP, conversa com legendas como Agir, Podemos, Avante e Solidariedade.



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