Pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2022, em outubro, Lula (PT) elogiou nesta terça-feira (14/06) o aliado Alexandre Kalil (PSD), pré-candidato ao Governo de Minas este ano. Presidente do Brasil entre 2003 e 2010, o petista não poupou elogios a Kalil e exaltou a disposição do ex-prefeito de Belo Horizonte - entre 2007 e março de 2022.
"Olha, eu conheci o Kalil uma vez num jantar, quando o (Fernando) Pimentel era governador do estado de Minas Gerais, e eu já conhecia o Kalil do sucesso do Atlético Mineiro, da grande gestão que ele fez no Atlético Mineiro, e depois eu tive o prazer de conhecer o Kalil já como prefeito", iniciou Lula, em entrevista à Rádio Vitoriosa, de Uberlândia, cidade da Região do Triângulo Mineiro.
"Na conversa com o Kalil, eu senti um homem da mais alta competência profissional, um homem disposto a fazer as coisas corretamente, um homem cheio de vontade de trabalhar, cheio de vontade de mudar. E foi interessante, porque eu pouco conhecia ele e ele disse para, isso acho que era por volta de 2017, 2016, ele disse para mim: 'Olha, eu queria lhe falar que se o senhor for candidato a presidente, eu vou votar no senhor'. Ou seja, ele nem me conhecia direito", completou.
A aliança entre Lula e Kalil foi anunciada em 19 de maio deste ano. Amanhã, os dois vão selar oficialmente a união em evento na cidade de Uberlândia. Com o movimento, o deputado estadual André Quintão (PT) foi colocado como vice-governador na chapa encabeçada por Kalil no lugar do também parlamentar mineiro Agostinho Patrus (PSD).
Para Lula, o ex-prefeito de BH tem o que é necessário para fazer com que o país melhore.
"Kalil tem pegada"
Para Lula, o ex-prefeito de BH tem o que é necessário para fazer com que o país melhore.
"Nós tínhamos duas mil pessoas que moravam nas ruas de Belo Horizonte em 2012, hoje nós temos mais de oito mil pessoas morando na rua. Ou seja, significa que houve empobrecimento da sociedade brasileira. E eu acho que o Kalil tem esse dinamismo, o Kalil tem pegada, ele tem disposição, e junto nós vamos fazer esse país ficar muito melhor, bem melhor, mas muito mesmo melhor", afirmou.
"Porque o povo precisa comer, trabalhar, estudar, ter acesso a lazer, ter acesso a cultura e poder criar sua família em paz e com muita tranquilidade sem a quantidade de encolhos, a quantidade de mentiras que nós temos hoje. Por isso o Kalil foi meu escolhido para fazer a dobradinha em Minas Gerais", concluiu Lula.
MG + SP e RJ = "Revolução"
Lula afirmou ainda que, além da vitória em Minas Gerais, quer vencer em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, também na Região Sudeste do Brasil, para iniciar uma "revolução" no país. O nome paulista é o de Fernando Haddad (PT), enquanto um nome carioca ainda está em negociação.
"Então, eu acho que, depois disso, ele se lança pré-candidato, eu comecei a trabalhar a ideia de que era possível construir um palanque forte não apenas para que eu tivesse uma forte eleição no estado de Minas Gerais, mas para que o Kalil também fosse eleito governador. E a ideia que eu tenho é que se a gente ganhar as eleições para presidente, a gente ganhar Minas, ganhar São Paulo, ganhar o Rio de Janeiro, a gente pode fazer uma revolução neste país do ponto de vista do crescimento econômico, da distribuição de renda", disse.
"Porque, na verdade, é isso que está precisando no Brasil. Ou seja, eu queria te dar o número para você ver que loucura, que loucura: as empresas listadas na bolsa de valores cresceram, em um trimestre deste ano, 80%. Em compensação, a renda dos 5% mais pobres caiu 34%, segundo o IBGE. Então, toda vez que você ouve falar em crescimento do PIB, crescimento na bolsa de valores, você sempre precisa se perguntar se esse crescimento foi repartido com aqueles que trabalham nessa empresas. E normalmente o que a gente está percebendo é que não é, é que o rico continua ficando cada vez mais rico, o pobre continua cada vez ficando mais pobre", completou.
Eleições
Além de Kalil, Romeu Zema (Novo), Miguel Corrêa (PDT), Carlos Viana (PL), Miguel Corrêa (PDT), Marcus Pestana (PSDB), Renata Regina (PCB), Lorene Figueiredo (Psol) e Saraiva Felipe (PSB) se colocam como pré-candidatos na disputa pelo governo mineiro.
Já à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), André Janones (Avante), Simone Tebet (MDB), Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (Pros), Eymael (DC), Felipe d'Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Luciano Bivar (União) e Leonardo Péricles (UP) são outros nomes tidos como pré-candidatos.
As eleições acontecem em 2 de outubro. Caso necessário segundo turno, ele ocorrerá no dia 30 do mesmo mês.