O prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (PSC), atacou o pré-candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em cerimônia nesta quarta-feira (15/6) que contou com a presença do governador Romeu Zema (Novo) na cidade do Centro-Oeste de Minas. Instigado por um membro da plateia, o chefe do Executivo municipal disse que Lula não deveria ter saído da cadeia.
“Lula na cadeia. Não devia nem ter saído”, bradou, após ser interrompido por uma pessoa que disparou: "PT nunca mais".
A declaração foi dada durante a entrega de 29 viaturas para a Polícia Militar (PM). Em pronunciamento, Azevedo relembrou a visita do ex-governador Fernando Pimentel (PT) a Divinópolis em 2017.
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A fala foi um ensaio para defender a reeleição de Zema. O pré-candidato tem como oponente o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que divide palanque com Lula (PT) e terá como vice o deputado estadual André Quintão, também petista.
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Cobranças a Zema
Ao mesmo tempo que saiu em defesa do governador, Gleidson cobrou a conclusão do Hospital Regional. Segundo Azevedo, as visitas de Zema a Divinópolis não resolveram nada até o momento. Esta é a segunda em menos de três meses.
“A gente colou o senhor como governador por saber da eficiência, desburocratização, para fazer gestão. Só que quando a gente vai falar de hospital, de vida, não pode falar de números, tem que fazer o que for e estou vendo uma burocracia tremenda”, comentou.
Gleidson Azevedo acusou “servidores de esquerda” de travar a retomada das obras. “Tem uma equipe técnica atrás de você e as vezes tem gente de esquerda lá atrás e o senhor não sabe, às vezes, é servidor de esquerda que está travando este hospital”.
Na mesma cerimônia, o governador antecipou que as obras devem ser retomadas até dezembro e citou os entraves burocráticos responsáveis por atrasar a publicação do edital.
'Sabotagem'
Sem se aprofundar na declaração de Azevedo, Zema disse apenas que pode ter “até sabotagem” ao Hospital Regional.
“Pode ter até o que o prefeito disse, pode até ter sabotagem, porque o processo está se arrastando”.
Na sequência, o governador citou fatores que impactam no atraso para a retomada das obras. “O próprio prefeito e o presidente da Câmara sabem que votar na Câmara, para ter sanção, não é de um dia para o outro”.
Uma das condições para a conclusão da unidade que atenderá a macrorregião Oeste é a estadualização do terreno, ainda em processo e que dependerá da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
As divergências detectadas são metragem da construção e a reprovação das contas do município - diferença de R$ 13 milhões entre o repassado pelo Estado e o executado na obra.
*Amanda Quintiliano - especial para o EM