Uberlândia - Os três suspeitos de operar o drone que jogou o que se pensava ser fezes nos apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nessa quarta-feira (16/6), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, não apresentaram autorização para controlar o equipamento. Eles chegaram a ser detidos pela Polícia Militar, mas foram liberados depois da assinatura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). A corporação afirmou que, hoje, não surgiram novidades sobre o ocorrido.
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Embora testemunhas tenham relatado um ataque de estrume, os homens apontados como responsáveis pelo delito afirmaram ter usado uma substância espalhada nas plantações para atrair moscas.
Logo após a passagem do drone pelo espaço aéreo da Unitri, pessoas que esperavam o discurso de Lula seguiram o trajeto do objeto. O grupo, então, percebeu que o pouso havia ocorrido em um condomínio vizinho à universidade.
Primeiro, a polícia prendeu um dos suspeitos do ataque. Depois, outros dois homens foram detidos.
'Gostam de cocô e xixi', diz Kalil
Ao conversar com o público que assistiu ao ato em Uberlândia, Kalil se desculpou pelo ocorrido e criticou duramente os autores da ofensiva.
"Minas Gerais não recebe ninguém dessa maneira. Isso, aqui, é muito novo. Sabemos receber com bom café e pão de queijo. Eles mandaram o que gostam: cocô e xixi", disse.
Lula, por sua vez, chamou os responsáveis pelo crime de "canalhas".
"Um canalha que coloca drone para jogar sujeira em cima de homens, mulheres e crianças não é um ser humano normal", protestou. "O que vimos aqui não pode ser de um ser humano normal. Nunca fiz um inimigo no país. A prova disso é que (Geraldo) Alckmin foi meu adversário em 2006; em 2022, será meu vice. Ele é um democrata", emendou.
Apesar das reações contrárias ao ataque, houve deboche por parte da deputada federal Alê Silva (Republicanos-MG). Jogaram caca e xixi nos apoiadores do para sempre condenado? Acredito que carteiras de trabalho teriam tido efeito mais devastador", escreveu ela, nas redes sociais, em texto acompanhado por emojis de risadas.