Segundo Saraiva, que é ex-ministro da Saúde e ex-deputado federal, ainda não houve acerto do PSB com PT e PSD para a retirada da pré-candidatura própria e o apoio a Kalil. Por isso, segundo ele, o palanque próprio do partido está de pé.
"Não posso dizer que estou propenso a um acordo, não. O PSB tem uma candidatura própria, a minha, e qualquer encaminhamento vai ter que ser feito por vias partidárias envolvendo o pré-candidato", completou.
Saraiva teve a pré-candidatura lançada em 23 de maio. "O PT não teve nenhuma conversa com o PSB nem sobre encaminhamento da campanha. Eu acho que o diálogo, continuo dizendo, que o diálogo está escasso", disse.
Elogios de Alckmin a Kalil
Saraiva Felipe diz que ainda vai conversar com Alckmin em uma reunião no solo mineiro para definir o rumo do partido no estado. "Falei a semana passada com o governador Alckmin, com nosso pré-candidato, aliás, do PSB à Presidência da República. Ele assegurou que viria a Minas, viria também o presidente Carlos Siqueira, e nós teríamos uma conversa aqui. Note-se que o PSB não estava no palanque em Uberlândia".
"No palanque não, é uma decisão da direção nacional do partido. Nem eu, nem o presidente não estava no palanque. Então, vou continuar insistindo: não houve um diálogo que incorporasse o PSB, que discutisse com o PSB por exemplo o encaminhamento da campanha no estado. Então, vigora a minha pré-candidatura e estou cada vez desenvolvendo mais contatos para torná-la mais forte", completou.
Sobre a fala de Alckmin, Saraiva Felipe afirma que esta é uma situação que se vê em outros estados. "Essa fala do Alckmin, o problema está em vários estados, não é só aqui não".
Quadro histórico do MDB, Saraiva se mudou para a legenda socialista em março deste ano. Ele trocou de legenda porque defende, explicitamente, o retorno de Lula ao Planalto — e sentia que, entre os emedebistas, ainda havia sobre os rumos que tomariam em direção ao pleito presidencial.
Inicialmente, Saraiva não tinha a pretensão de ser candidato. Prova disso é que o PSB tentou atrair Kalil no fim da janela partidária e, mesmo após ver o ex-prefeito de Belo Horizonte permanecer no PSD, sinalizou apoio à pré-candidatura dele ao governo. Uma ala formada por antigos pessebistas, porém, iniciou as articulações em prol da presença de um nome do partido na disputa estadual.
A disputa
Romeu Zema (Novo), Kalil, Carlos Viana (PL), Miguel Corrêa (PDT), Marcus Pestana (PSDB), Renata Regina (PCB), Lorene Figueiredo (Psol) e Vanessa Portugal (PSTU) se colocam como pré-candidatos na disputa pelo governo mineiro.
As eleições acontecem em 2 de outubro. Caso necessário segundo turno, ele ocorrerá no dia 30 do mesmo mês.