O pré-candidato ao governo mineiro Alexandre Kalil (PSD) não acredita em movimentos de golpismo de Jair Bolsonaro (PL) caso o presidente da República perca a eleição nacional. Segundo o ex-prefeito de Belo Horizonte, Bolsonaro "não vai fazer bosta nenhuma" para atrapalhar a sucessão. As pesquisas sobre intenções de voto têm apontado vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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"Temos que parar de pôr medo nesse povo. Nós vamos ganhar a eleição com voto, com urna eletrônica, com urna elétrica, com urna à válvula, com papel, com sinal de fumaça... A eleição já acabou, o Lula está eleito. É só o povo ir para a rua e votar. É isso que nós precisamos, chamar o povo e votar", afirmou.
Bolsonaro já defendeu publicamente o voto impresso e, mesmo sem provas, põe em xeque a confiabilidade das urnas eletrônicas. Em maio do ano passado, o presidente chegou a falar que, sem voto impresso, não haveria eleição neste ano. Ele tem, também, atacado publicamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Zema 'pior do que Bolsonaro' e Moro
Durante a entrevista à Focus, Kalil voltou a tecer críticas ao governador Romeu Zema (Novo), que será seu rival no pleito estadual.
"Ele disse que não andaria de avião, mas está pendurado em avião a jato com dinheiro público e fazendo campanha há dois anos. Está pior do que o Bolsonaro. Aliás, ele aprendeu com o Bolsonaro. O Zema não entregou um metro de nada", asseverou.
O pré-candidato do PSD também criticou o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil). O ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi outro a ser citado negativamente.
"Eles (Moro e Deltan) fizeram um mal para o Brasil que nem o Bolsonaro fez. Bolsonaro pelo menos foi eleito dentro da legalidade, na urna eletrônica como deve ser, tomou posse como deve ser, e não fizeram esse papel absolutamente abominável, asqueroso que essa turma fez para o Brasil", atacou.
Segundo Kalil, não é possível compará-los a Bolsonaro porque o presidente foi escolhido pela população.
"Esses que você falou aí nunca tiveram voto, não tiveram o direito de fazer o que fizeram. É o que entendo como sendo o que mais abominável já teve nesse país, tanto que (Moro) está tendo o fim que estamos vendo aí... O fim dele é praticamente melancólico. Ele conseguiu trair a mulher e a amante. É um caso inédito".