O Senado Federal instalou, nesta segunda-feira (20/6) uma Comissão Temporária Externa para investigar os assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, na região amazônica. A Comissão também irá investigar o aumento da violência na região contra povos indígenas, quilombolas, comunidades ribeirinhas e jornalistas.
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Moraes determina bloqueio do Partido da Causa Operária nas redes sociais'Ex-guerrilheiro da esquerda', diz Bolsonaro sobre vitória de Petro Federação PSDB-Cidadania pode barrar Eduardo Costa como vice de ZemaDom e Bruno: Mourão diz que mandante das mortes pode ser um comercianteNa primeira reunião do grupo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi escolhido como presidente da Comissão, Fabiano Contarato (PT-ES) é o vice-presidente e Nelsinho Trad (PSD-MS) é o relator. O grupo é composto por nove pessoas, e a atuação deve estender por 60 dias.
“A ideia é ouvir todos os envolvidos nas mortes de Dom e Bruno não só para que haja a elucidação do caso, mas também para compreender a realidade da região, omissões na proteção dos defensores da Amazônia e ataques aos povos tradicionais da floresta”, disse Randolfe.
A primeira visita à região onde Dom e Bruno desapareceram está prevista para a semana que vem. A Comissão foi criada após requerimento de Randolfe Rodrigues, aprovado em caráter de urgência na segunda-feira passada (13/6)
Também foi aprovado, na sessão de hoje (20/6), o requerimento para ouvir representantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) e o ministro da Justiça, Anderson Torres. Os depoimentos ocorrem às 10h e às 14h da quarta-feira (22/6), respectivamente, junto com a Comissão de Direitos Humanos.
A Comissão solicitou ainda, em caráter de urgência, a proteção de agentes públicos que atuam na região do Vale do Javari, onde Bruno e Dom foram mortos.