A senadora e pré-candidata ao Planalto Simone Tebet (MDB) afirmou, nesta segunda-feira (20/6), que estará "em um palanque eleitoral defendendo a democracia" caso a candidatura dela não chegue ao segundo turno. No entanto, a emedebista destaca que tem confiança de que chegará ao segundo turno. As falas foram feitas durante sabatina no portal "G1".
"Eu posso dizer o que eu não vou fazer: eu não estarei assistindo na sala, na frente de uma TV. Eu estarei em um palanque eleitoral defendendo a democracia e defendendo as propostas de país que possam efetivamente tirar o país dessa vergonhosa estatística de ser um dos países mais desiguais do mundo", disse a senadora em entrevista.
Simone Tebet criticou ainda a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e acredita que a candidatura dela, que representa o MDB, o PSDB e o Cidadania, tem potencial para chegar ao segundo turno.
"Nós temos condições de nos apresentar ao Brasil como a única alternativa capaz de pacificar o Brasil. É isso que o Brasil precisa, de paz para poder sorrir, mas também de unificar o país em nome de uma única pauta, a defesa da democracia, das instituições democráticas e do povo brasileiro", disse a senadora.
Tebet "faz questão de assinar' CPI da Petrobras
Na entrevista, Simone Tebet comentou ainda a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão da Petrobras, defendida por Bolsonaro.
"Quando eu acho que já vi de tudo, algo acontece para me surpreender. Nunca vi um presidente da República querer abrir uma CPI para investigar atos que podem inclusive condená-lo", disse a senadora em entrevista ao portal g1.
"Faço questão de assinar, para a gente apurar de que forma está sendo essa ingerência numa estatal, o que pode inclusive dar em um crime de responsabilidade", completou Tebet, dizendo ainda que a CPI pode "escancarar algo muito grande dentro da Petrobras".
O presidente Bolsonaro defendeu a criação de uma CPI para investigar a petroleira na última sexta-feira (17/6), após anúncio de novo aumento nos preços da gasolina e do diesel. Após críticas e pressão por parte do governo federal, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, renunciou nesta segunda ao cargo.
Tebet criticou a gestão de Bolsonaro sobre os preços dos combustíveis. "Temos um presidente da República que não sabe o que fazer com ela [Petrobras], que é incompetente, inoperante. Ele terceiriza o problema, porque não sabe resolver", disse a senadora. Ela também criticou a gestão que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez da Petrobras em seus governos, afirmando que Lula "fatiou a Petrobras com os partidos aliados para votar qualquer coisa dentro do Congresso Nacional".
"O problema é trazer política partidária e ideológica para dentro de uma empresa séria, que é a maior estatal brasileira e uma das maiores do mundo", disse Simone Tebet. Ela disse ainda ser contra a privatização da Petrobras, e que a medida pode complicar a crise dos combustíveis.
O "Beabá da Política"
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