Um evento em São Paulo na manhã desta terça-feira (21/06) para tratar do plano de governo do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi marcado por duas situações inusitadas. A primeira foi a intervenção do ex-senador e hoje vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT), que reclamou do colega de partido, Aloizio Mercadante. Em outro momento, um apoiador do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), teve de ser contido ao tentar invadir o local.
Após cerca de uma hora de evento, denominado 'lançamento da plataforma colaborativa do plano de governo Lula-Alckmin", Aloizio Mercadante, considerado um dos coordenadores da campanha de Lula, começou a se pronunciar. Neste momento, Suplicy saiu de onde estava, chegou à mesa principal e entregou um documento a Mercadante.
"Entregar ao Aloizio Mercadante uma proposta que não foi considerada, infelizmente. Eu entreguei por e-mail há dez dias e não foi considerada ainda", falou Suplicy, exaltado. "Ele (Mercadante) tem alguma coisa comigo, não me convidou para essa reunião", completou.
"Não tive como acompanhar o convite de todas as pessoas, só olhar o tamanho do plenário", respondeu Mercadante. "Hoje é o início de um processo, você vai ter chance de discutir", também afirmou.
Já durante a fala de Lula, próximo ao fim do evento, uma pessoa, supostamente bolsonarista, levantou-se e foi em direção a Lula. Com o dedo em riste, ele se direcionou até onde estava o ex-presidente da República.
Rapidamente, ele foi contido pela equipe de segurança. Os presentes também se colocaram contra a "invasão", que chamou atenção de todos que estavam no local, mas não interrompeu o discurso de Lula. "Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula", cantaram, após o pronunciamento.