Com o intuito de construir apoios, Pestana fez reuniões em Brasília (DF) nesta terça-feira (21/6). A agenda incluiu encontro com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), presidenciável que deverá ter o PSDB em seu leque de alianças.
Na capital federal, Pestana também conversou com o deputado federal Newton Cardoso Júnior, presidente do diretório do MDB em Minas Gerais.
"Temos muitas afinidades (entre PSDB e MDB)", disse o pré-candidato ao Palácio Tiradentes, ao Estado de Minas. "As conversas estão indo. Isso é próprio da dinâmica política", emendou.
Nos círculos emedebistas, um dos nomes cotados para disputar o Senado Federal é Paulo Piau, ex-prefeito de Uberaba, no Triângulo Mineiro. A legenda ainda não definiu os rumos para a eleição estadual.
Pestana se reuniu com Tebet, em encontro que teve, também, a presença do parlamentar tucano Eduardo Barbosa, integrante da bancada mineira no Congresso Nacional.
Apesar da conversa, ele ressaltou que os contornos da eventual aliança entre os partidos em Minas serão definidos pelas cúpulas estaduais das siglas.
"Nós, do PSDB, prezamos muito pela liturgia política e pelo respeito à institucionalidade. Baseado na tradição mineira, falei com Newton Cardoso e disse que iria até a Simone, mas deixei claro que os assuntos de Minas se resolvem em Minas", assinalou.
O PSDB mineiro busca, também, obter o apoio do União Brasil - agremiação fruto da fusão entre DEM e PSL. Ontem (20/6), representantes do ninho tucano estiveram com Bilac Pinto, deputado federal e secretário-geral da nova legenda.
Pestana quer apoio de Tebet
Secretário de Saúde durante parte das gestões tucanas em Minas, Pestana afirmou que almeja ter o apoio de Tebet em Minas. "A conversa foi ótima, a respeito de programa de governo e ideias", contou.
Ele disse ter se oferecido para ajudar Tebet em áreas como saúde e economia. Eduardo Barbosa, por sua vez, garantiu estar apto a auxiliar em temas ligados à assistência social.
O PSDB chegou a definir o ex-governador de São Paulo, João Doria, como pré-candidato a presidente. Ele venceu o ex-governador gaúcho nas prévias internas. Leite, aliás, tinha o apoio de boa parte das lideranças mineiras da sigla. Depois da renúncia de Doria, o deputado federal Aécio Neves defendeu que Leite fosse chamado para assumir o posto de pré-candidato próprio.
Pestana, porém, é inclinado à união com Tebet. "De olho no futuro, faz todo o sentido a aliança do PSDB com o MDB em torno da candidatura dela. (Alexandre) Kalil e (Romeu) Zema são frutos da mesma árvore: a antipolítica. PSDB e MDB, ao contrário, foram os dois líderes da redemocratização", opinou.
Na mais recente pesquisa sobre o governo mineiro, feita pela F5 Atualiza Dados e divulgada nesse sábado (18/6) pelo EM, Pestana aparece na quinta posição, com 1,5% das intenções de voto. Zema (Novo) e Kalil (PSD), os líderes, têm, respectivamente, 45,7% e 28,4%.
No que tange ao Senado, Paulo Piau, representante do MDB no levantamento, soma 2,5%. O líder, aliás, é o tucano Aécio, embora ele diga que, neste momento, é "candidato a permanecer na Câmara".
Federação e participação no governo
Embora cogite uma candidatura própria, o PSDB mineiro tem integrantes no governo Zema, como o vice, Paulo Brant, e a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luisa Barreto.
Para este ano, o partido planeja que Brant ocupe uma posição na chapa majoritária liderada por Pestana ou tente vaga na Câmara dos Deputados.
No plano nacional, os tucanos firmaram federação partidária com o Cidadania. Na prática, as duas legendas devem apoiar as mesmas candidaturas. A existência da coalizão pode barrar o convite feito por Zema ao jornalista Eduardo Costa para a vaga de vice — ele é filiado, justamente, ao Cidadania.