“Boto minha cara no fogo por ele”, declarou o presidente Jair Bolsonaro (PL) em maio deste ano. O chefe do Executivo federal se referia a Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação. A declaração foi dada durante uma live, após o vazamento dos áudios que revelavam um suposto esquema de corrupção na pasta, que favorecia pastores. O material foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo.
“Se o Milton estivesse armando, não teria colocado na agenda aberta ao público. O Milton, eu boto minha cara no fogo por ele. Estão fazendo uma covardia”, afirmou o presidente.
Leia Mais
Ex-ministro pode se lançar ao governo para dar palanque a Lula em MGEx-ministro Milton Ribeiro diz que recebeu pastor a pedido de BolsonaroDenúncia contra Milton Ribeiro por homofobia é enviada à Justiça FederalKalil sobre Bolsonaro na pandemia: 'fracasso absoluto'Randolfe sobre Milton Ribeiro: 'Tem que prender quem manda também'Prisão de Milton Ribeiro repercute nas redes sociais; veja memesBolsonaro sobre prisão de ex-ministro: 'Vai respingar em mim, obviamente'Milton Ribeiro, em março: 'Apenas obedeço ordens do presidente'Bolsonaro sobre prisão de Milton Ribeiro: 'Que responda pelos atos dele'Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão, além de cinco mandados de prisão foram expedidos. Os documentos citam crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
A prisão ocorre depois da divulgação, em março deste ano, pelo jornal Estado de S. Paulo, de áudios de Milton Ribeiro em que ele falava sobre o favorecimento de municípios que negociavam verbas com pastores, que não tinham cargos no governo. Dias depois, a Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Ribeiro falava que o pedido vinha diretamente do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na época, ele negou, em nota, que Bolsonaro tivesse feito esse pedido. Dias depois,
ele pediu demissão da pasta.