O presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, na manhã desta quarta-feira (22/6), que, possivelmente, as investigações da prisão do seu ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, devem "respingar" sobre ele. Bolsonaro afirmou que não vai intervir nas investigações, mas que buscará colaborar.
Para o presidente, suas funções consistem em afastar supostos envolvidos em esquemas de corrupção, mas que é inviável administrar todas as 20 mil pessoas. "Eu tenho 23 ministros, centenas de secretários, mais de 20 mil cargos em comissão. Se alguém faz algo de errado, vai botar a culpa em mim?", destacou.
O chefe do Executivo pontuou que não interfere nas investigações da Polícia Federal e que cabe ao órgão as decisões. "Não interfiro, deve ter controle dirigente da União, aí sim é um ministério meu etc, e aí ajudando para elucidar o caso", declarou o presidente à Rádio Itatiaia.
Prisão do ex-ministro Milton Ribeiro
O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi preso preventivamente nesta quarta-feira (22/6), em Santos, litoral paulista. O mandado é resultado da operação "Acesso Pago" da Polícia Federal e cita crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. A operação mira também um grupo de pastores. Ao menos um dos pastores, Gilmar Santos, também foi preso.
Segundo a PF, a operação tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). As informações são da CNN.