A primeira-dama Michelle Bolsonaro foi uma das pessoas que defenderam Milton Ribeiro quando ele foi exonerado do Ministério da Educação em 28 de março deste ano.
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Na época, ao ser questionada sobre as investigações que apontavam acusações contra o ministro no caso do bolsolão do MEC, Michelle disse que “Deus provaria que ele é uma pessoa honesta”.
“Eu posso dizer que amo a vida dele, tá?!”, acrescentou Michelle.
“Cara no fogo”
O presidente Jair Bolsonaro (PL) também defendeu o ex-ministro. Em 24 de março, ele disse que “botaria a cara no fogo” por Ribeiro.
A declaração foi dada durante uma live, após o vazamento dos áudios que revelavam um suposto esquema de corrupção na pasta, que favorecia pastores. O material foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo.
“Se o Milton estivesse armando, não teria colocado na agenda aberta ao público. O Milton, eu boto minha cara no fogo por ele. Estão fazendo uma covardia”, afirmou o presidente.
Preso por corrupção
O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi preso preventivamente nesta quarta-feira (22/6), em Santos, litoral paulista. O mandado é resultado da operação “Acesso Pago” da Polícia Federal e cita crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. A operação mira também grupo de pastores. Ao menos um dos pastores, Gilmar Santos, também foi preso.
Segundo a PF, a operação tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
O mandado, assinado pelo juiz federal Renato Borelli, determina que Ribeiro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A audiência de custódia deve ser realizada ainda hoje.
Ribeiro substituiu Abraham Weintraub no Ministério da Educação no governo de Jair Bolsonaro e permaneceu à frente da pasta de 16 de julho de 2020 a 28 de março de 2022. Em seu lugar entrou Victor Godoy Vieira.