Jornal Estado de Minas

PRISÃO

Advogado de Milton Ribeiro é o mesmo de Michelle Bolsonaro

O advogado que representa o ex-ministro Milton Ribeiro, Daniel Bialski, tem entre seus clientes a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ribeiro foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (22/6) por suspeita de envolvimento no balcão de negócios montado por pastores no MEC.



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Mais cedo, o advogado prestou entrevista e disse que não vê "motivo concreto" para a prisão de Ribeiro.

Para Daniel Bialski, "parece que essa prisão preventiva não possui contemporaneidade (os fatos ocorreram há muito tempo) e não haveria nem razão e ou motivo concreto para essa custódia antecipada". 



Bialski também afirmou que vai pedir um habeas corpus em benefício do ex-ministro.

O advogado também defende Michelle Bolsonaro. Ele representa a primeira-dama em ações de danos morais movidas contra jornalistas e quem fez ataques à primeira-dama nas redes sociais. A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para investigar posts publicados contra Michelle.





Bialski também atua na defesa do ex-governador do Rio Sergio Cabral, que segue preso após dezenas de condenações por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato.

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Pastor era próximo de Michelle

A primeira-dama Michelle Bolsonaro foi uma das pessoas que defenderam Milton Ribeiro quando ele foi exonerado do Ministério da Educação em 28 de março deste ano.

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Na época, ao ser questionada sobre as investigações que apontavam acusações contra o ministro no caso do bolsolão do MEC, Michelle disse que “Deus provaria que ele é uma pessoa honesta”. 

“Eu posso dizer que amo a vida dele, tá?!”, acrescentou Michelle.

Preso por corrupção


Milton Ribeiro foi preso preventivamente nesta quarta-feira (22/6), em Santos, litoral paulista. O mandado da operação “Acesso Pago”, da Polícia Federal, cita crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.



A operação mira também grupo de pastores. Ao menos um dos pastores, Gilmar Santos, também foi preso.

Segundo a PF, a operação investiga a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

Assinado pelo juiz federal Renato Borelli, o ofício determina que Ribeiro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Milton Ribeiro substituiu Abraham Weintraub no Ministério da Educação no governo de Jair Bolsonaro e permaneceu no cargo de 16 de julho de 2020 a 28 de março de 2022. Em seu lugar entrou Victor Godoy Vieira, atual chefe da pasta.