O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acredita que a investigação da Polícia Federal (PF) e a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro vão trazer impactos político e jurídico ao país.
“O ministro me pareceu uma pessoa de bons tratos, muito educado. Mas esse episódio deve ser apurado. É um fato relevante, um ex-ministro preso. Automaticamente tem repercussões”, disse Pacheco.
“Não pode haver um pré-julgamento e garantir os direitos. Naturalmente existe um efeito político. Uma condição dessa, com caráter preventivo, tem impacto político, jurídico… O Governo deve dar suas explicações”, complementou.
Ainda segundo o presidente do Senado, um ex-ministro em "condição de prisão preventiva é grave".
“Não pode haver um pré-julgamento e garantir os direitos. Naturalmente existe um efeito político. Uma condição dessa, com caráter preventivo, tem impacto político, jurídico… O Governo deve dar suas explicações”, complementou.
Ainda segundo o presidente do Senado, um ex-ministro em "condição de prisão preventiva é grave".
Ao ser questionado sobre uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC, Pacheco disse que, caso o pedido cumpra todos os requisitos, a comissão deve ser instalada.
Apesar disso, o presidente do Senado ponderou que, em ano eleitoral, o processo deve ser mais difícil.
Apesar disso, o presidente do Senado ponderou que, em ano eleitoral, o processo deve ser mais difícil.
“A posição da presidência do Senado é linear. De modo que o requerimento deve observar os requisitos que se exigem. Se cumprir os requisitos, será instalada. Em um momento pré eleitoral acaba prejudicando. Essa ou qualquer outra que seja instalada”, afirmou.
Apenas uma assinatura
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou, por meio das redes sociais, que falta apenas uma assinatura para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC.
Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação, se comprometeu a ser o 27º a assinar o documento.
O objetivo da CPI é investigar as supostas irregularidades do MEC e a suspeita de que houve tráfico de influência por parte de pastores.
A CPI ganhou fôlego depois da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. São necessárias 27 assinaturas para viabilizar a criação da comissão.
O objetivo da CPI é investigar as supostas irregularidades do MEC e a suspeita de que houve tráfico de influência por parte de pastores.
O último senador a assinar o documento foi Eduardo Braga (MDB-AM).
A operação mira também grupo de pastores. Ao menos um dos pastores, Gilmar Santos, também foi preso.
Segundo a PF, a operação investiga a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
Assinado pelo juiz federal Renato Borelli, o ofício determina que Ribeiro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Milton Ribeiro substituiu Abraham Weintraub no Ministério da Educação no governo de Jair Bolsonaro e permaneceu no cargo de 16 de julho de 2020 a 28 de março de 2022. Em seu lugar entrou Victor Godoy Vieira, atual chefe da pasta.
Preso por corrupção
Milton Ribeiro foi preso preventivamente nesta quarta-feira (22/6), em Santos, litoral paulista. O mandado da operação “Acesso Pago”, da Polícia Federal, cita crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
A operação mira também grupo de pastores. Ao menos um dos pastores, Gilmar Santos, também foi preso.
Segundo a PF, a operação investiga a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
Assinado pelo juiz federal Renato Borelli, o ofício determina que Ribeiro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Milton Ribeiro substituiu Abraham Weintraub no Ministério da Educação no governo de Jair Bolsonaro e permaneceu no cargo de 16 de julho de 2020 a 28 de março de 2022. Em seu lugar entrou Victor Godoy Vieira, atual chefe da pasta.