Alexandre Kalil, pré-candidato do PSD ao governo de Minas Gerais, disse que, se vencer a eleição estadual, vai manter em dia os salários do funcionalismo público.
Os vencimentos voltaram a ser normalizados em agosto do ano passado, depois de mais de quatro anos de parcelamentos.
"É a única coisa que prometo (não atrasar salários de funcionários públicos). Minas Gerais tem 300 anos, só dois governadores atrasaram salários: Fernando Pimentel (PT) e Romeu Zema (Novo)", disse o ex-prefeito de Belo Horizonte, durante participação no programa "Café com Matte".
A íntegra da entrevista será publicada nesta quinta-feira (23/6), no YouTube e em plataformas de podcasts. Marcelo Matte, o anfitrião, foi diretor da TV Globo em Minas e atuou na Secretaria de Estado de Cultura de Zema.
Kalil firmou aliança com o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a conversa com Matte, ele projetou o triunfo do petista e teceu críticas à postura de Jair Bolsonaro (Pl) ante a pandemia.
Aborto é 'saúde pública'
Ao longo do bate-papo, Kalil também discorreu sobre a legalização do aborto. No Brasil, o procedimento é autorizado apenas em três casos: gravidez fruto de estupro, anencefalia do feto e risco à vida da gestante.Nesta semana, os sites "The Intercept Brasil" e "Portal Catarinas" revelaram que, em Santa Catarina, uma menina de 11 anos, vítima de estupro, foi impedida de fazer aborto por uma juíza. À época da decisão, a garota estava na 22° semana de gestação.
Embora tenha dito não possuir opinião formada a respeito do tema, Kalil defendeu o debate sobre o aborto como pauta de saúde pública.
"O que não pode, em um país que tem 'não sei quantos mil' abortos por ano, é o rico ter uma clínica de alto luxo e, me desculpe a sinceridade, o pobre ter que usar uma agulha de crochê. Isso não pode", disparou. "Isso virou um tabu, e eu nem sei o porquê", completou ele.