Kalil disse que não tem "a menor condição de fazer aliança com o Bolsonaro" pela forma como ele trabalhou na prefeitura de Belo Horizonte, e que tem um "jeito de lidar com humanidade e com a pobreza, que se assemelha ao que o presidente Lula prega.
Ele pontuou também que os dois têm a ganhar com a aliança, afirmando que ela é pragmaticamente "muito coerente". Seguiu apontando que ele e o ex-presidente são "duas pessoas diferentes que pensam, em alguns aspector, igual".
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva selou acordo com o candidato Alexandre Kalil no final de maio. Para que isso ocorresse, o então candidato petista ao Senado, Reginaldo Lopes, abriu mão para que Alexandre Silveira (PSD) fosse o candidato da coligação. Enquanto o vice-governo ficou com o deputado estadual André Quintão (PT).
Atual governo
Na conversa, Kalil aproveitou para criticar a forma como o atual governo gere o estado. Afirmou que os únicos governadores na história de Minas Gerais a atrasarem o salário foram Fernando Pimentel (PT) e Romeu Zema (Novo), e prometeu que não irá repetir a prática. E seguiu no mesmo tom ao falar da água e da energia no estado. "Não é falar que o governo é eficiente com uma Copasa desgraçadamente desmoralizada, uma Cemig há quatro anos sem ver investimento", criticou.
O ex-prefeito também apontou que o governo Zema está abrindo mão de parte dos "R$ 120 bilhões, aproximadamente" que a União deve a Minas Gerais, enquanto "Minas deve a Federação aproximadamente esse número".