Foi em um leilão beneficente que Guilherme Henrique Moreira Santos, de 17 anos, foi desafiado por um primo a mostrar seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O adolescente não titubeou e usou os ferros de carimbar animais para marcar na pele o 22, novo número de candidatura à Presidência de Bolsonaro, pelo Partido Liberal. O caso aconteceu no domingo (12/6), no Assentamento Roseli Nunes, a 25km de Mirassol D’Oeste (MT).
O tio do menino, que é emancipado, Davi de Oliveira Silva, atribui ao ato a coragem do povo sertanejo. “A gente que é sertanejo não tem medo de nada não”, afirmou. Ele contou que a família não se assustou com a ação do sobrinho, mas que a mãe ficou preocupada. “Não pela família apoiar o presidente, mas porque ela não esperava. Mãe sempre assusta”, relatou.
Prestes a completar duas semanas do ocorrido, o tio conta que Guilherme está bem e que a ferida está cicatrizando. Segundo ele, a queimadura foi superficial e não trouxe problemas. “Doer, dói né? Mas, quando você tem coragem, não sente tanto a dor. Aquilo é só o momento”, completou.
Admiração por Bolsonaro
Esta é a primeira eleição que Guilherme vai poder votar e, segundo o tio, ele está animado para ir às urnas. “Ele está com uma expectativa muito boa, já tem a decisão tomada de votar no presidente. Para quem é do agronegócio, mudou muita coisa depois do Bolsonaro.”
Como admirador do presidente, Guilherme sonha em conhecê-lo. Apesar de Bolsonaro não ter sinalizado um encontro, a família está cheia de esperanças.
“Uma mulher ligou já falando que a história chegou até o presidente e com certeza ele já deve estar sabendo. E, aqui no estado, nosso município tem um deputado federal do mesmo partido do presidente, o assessor também já encaminhou a foto para ele”, contou o tio.
Além de Guilherme, a família inteira é apoiadora do atual presidente.
Sem arrependimentos
Cursando o terceiro ano do Ensino Médio, Guilherme quer ser operador de máquinas pesadas e até já tem curso na área. Ele não acredita que o 22 marcado nas costas pode prejudicá-lo no futuro. “Ele não vai estar pelado e tem tantas outras coisas que o pessoal tatua e ninguém fica sabendo e nem fala nada”, defende o tio.
“Não tem nada a ver, se o Bolsonaro trocar de partido, ou de número. O difícil é quando você é casado ou tem namorada, tatua o nome e depois larga. É só um número”, brinca.
Davi conta que Guilherme não pretende aproveitar a fama repentina e investir em uma carreira na internet, já que ele é muito tímido. Mas que a família está se organizando para conseguir atender à imprensa.