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Estado de Minas CASO MILTON RIBEIRO

Randolfe quer inquérito no STF contra Bolsonaro por obstrução de justiça

Senador disse que deve pedir ao STF a abertura do inquérito nesta sexta. Gravações apontam que Bolsonaro tentou interferir em investigação contra Milton Ribeiro


24/06/2022 16:12 - atualizado 24/06/2022 16:41

Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) conversa com jornalistas
Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) deve pedir investigação ao STF (foto: Pedro França/Agência Senado)
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comunicou que ainda nesta sexta-feira (24/6) vai pedir  ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por violação de sigilo e obstrução de justiça .

“Bolsonaro não esculhambará a Polícia Federal e as leis impunemente!”, escreveu nas redes sociais.


Mais cedo, foi divulgado que gravações, feitas com autorização da Justiça, foram consideradas pelos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) como indícios de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) interferiu na investigação da Polícia Federal (PF) sobre o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

Ao encaminhar o processo de investigação de Milton Ribeiro ao STF, o juiz federal Renato Borelli cita três conversas em que o ex-ministro demonstra ter medo de operações da Polícia Federal nas investigações sobre a influência de pastores no Ministério da Educação (MEC). Clique aqui para ler a transcrição.

Em uma das conversas, com uma filha, em 9 de julho, Ribeiro disse que recebeu uma ligação do presidente Jair Bolsonaro em que o chefe do Executivo nacional dizia temer ser atingido pela investigação da Polícia Federal.
 
 

Prisão

 
Milton Ribeiro esteve como ministro da Educação no Governo Bolsonaro entre julho de 2020 e março de 2022. Ele foi preso na última quarta-feira (22/06) pela Polícia Federal (PF) e solto no dia seguinte.

 
A prisão se deu por uma investigação que apura o envolvimento dele nos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência e um suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação.

Uma decisão dessa quinta-feira (23) do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), determinou a suspensão da prisão do ex-ministro


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