O pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), disse, nesta segunda-feira (27/6), não acreditar que os funcionários da segurança pública estejam apoiando o governador Romeu Zema (Novo) e afirma que a categoria foi "desmoralizada" pela atual gestão estadual.
Ao ser indagado por uma repórter da Rádio "Rede Tropical FM" de Barbacena, o que ele vai propor para melhorar o setor em Minas Gerais, Kalil respondeu "não acredito que eles estejam com o governador Zema, não. É uma classe muito séria e, essa classe muito séria, não aceita esse tipo de coisa".
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'Minha especialidade é criar soluções', diz pré-candidato do PSDB em MinasPré-candidato, Marcus Pestana compara Kalil a 'chefe de torcida organizada' 'Tivemos prefeitos que se suicidaram', diz Zema sobre governo PimentelTCE aprova contas de Kalil na PBH e ex-prefeito comemora: 'Gestão honesta'"É uma classe que passou por uma desmoralização. São pais de família que estão há sete anos sem recomposição salarial, não é aumento", disse.
A crítica do ex-prefeito de Belo Horizonte foi feita com base no acordo firmado entre Zema e funcionários públicos da segurança em 2019, para que a categoria tivesse uma recomposição de 41% no salário, mas que não foi seguido pelo poder público, o que gerou uma série de manifestações da categoria.
"Não pode ter um projeto (de lei) que vem do governador Zema, vai para a Assembleia, é aprovado, e o governador vai e fala 'eu tava brincando, não vai ter aumento mais, não'", comentou Alexandre Kalil.
A educação também foi alvo de críticas do pré-candidato, que afirmou que "o aumento dado aos professores da educação infantil, no meu governo, foi de 140%. Na escola fundamental foi de 73%. Queremos em Minas um governo eficiente, como foi em Belo Horizonte. Esse foi eficiente de verdade. Você enxuga a máquina e valoriza o funcionalismo".
O ex-prefeito de BH esteve em Barbacena acompanhado do pré-candidato a vice-governador André Quintão (PT) e recebeu a medalha de Ordem do Mérito Legislativo Municipal em comemoração aos 230 anos da cidade.
MANIFESTAÇÕES DOS POLICIAIS
Em 2019, Romeu Zema realizou um acordo de recomposição de 41%, mas, em março deste ano, segundo os representantes da categoria, o governo não cumpriu, o que gerou uma série de manifestações de descontentamento.Entre fevereiro e março, as forças de segurança realizaram atos para pressionar o Executivo estadual a cumprir com o que foi acordado. Na época, uma série de manifestações foram realizadas na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas Gerais, e em Belo Horizonte, inclusive deixando uma repórter da "Band" ferida em uma das ações.
Para remediar a situação, o governo Zema chegou a enviar, para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um projeto de lei de recomposição salarial de 10,6% a todo funcionalismo público e um aumento no auxílio vestimenta. As propostas não agradaram aos manifestantes.