A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o quarto pedido para o órgão se manifestar sobre a abertura de uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência no trabalho da Polícia Federal. A ação gira em torno da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.
A PGR já acumula quatro pedidos. Cármen Lúcia ressaltou que vê “gravidade incontestável” na situação. A mais nova notícia-crime foi apresentada ao tribunal por sete senadores da oposição. Os outros requerimentos são do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG); deputado Israel Batista (PSB-DF); e senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Este último foi enviado para a Procuradoria pelo ministro Alexandre de Moraes.
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Agora, cabe à PGR analisar se há elementos suficientes para a abertura de um inquérito. O procedimento é de praxe, pois o órgão é responsável por investigar autoridades com prerrogativa de foro no STF.
Milton Ribeiro foi preso em uma operação que o envolvimento dele em um esquema para liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em áudios divulgados pela imprensa, o ex-chefe do MEC afirmou priorizar pastores aliados e ainda citou que o favorecimento era um pedido expresso de Bolsonaro. Em outra gravação, ele afirmou que foi avisado pelo presidente sobre a busca e apreensão da PF.
O aliado do presidente foi solto um dia após a detenção, por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Também foi revogada a prisão preventiva dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.