Pré-candidato ao Governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD) criticou nesta quinta-feira (30/6) a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em itens, como combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. A medida foi sancionada na última segunda (27/6) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante participação no 32° Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia, Kalil chamou a limitação de uma possível "Lei Kandir 2", em uma resposta sobre saúde do Estado.
"O que podemos esperar para a saúde de Minas Gerais é cumprir um orçamento; existe um orçamento. Estou muito assustado, porque estamos caminhando para a Lei Kandir 2", iniciou.
"O corte de arrecadação que está vindo para Minas Gerais é imenso, irresponsável e politiqueiro. E vai custar, justamente, aqui na saúde. Está vindo um corte assustador, e não esperem a recomposição desse dinheiro, porque isso foi prometido também na Lei Kandir", completou.
O que é a Lei Kandir
A original Lei Kandir, de 1996, isentou a cobrança do ICMS nas exportações de produtos primários e semielaborados - muito relacionados à mineração. Um acordo de 2020 estima que Minas tenha que receber R$ 8,7 bilhões que não foram ressarcidos desde então.
"Vamos tirar o ICMS agora do combustível. É uma medida politicamente muito bonita, muito agradável. Custa pouco, mas acho que mais importante do que fazer, porque disse na pergunta anterior e quero repetir, é que saúde é investimento. O Governo de Minas teve ano que não conseguiu os 12% que tem que cumprir", completou.
Corrida pelo Palácio Tiradentes
Além de Kalil, Romeu Zema (Novo), Carlos Viana (MDB), Miguel Corrêa (PDT) - que também participou do evento desta quinta com Kalil -, Marcus Pestana (PSDB), Renata Regina (PCB), Lorene Figueiredo (Psol) e Vanessa Portugal (PSTU) se colocam como pré-candidatos na disputa pelo governo mineiro.
As eleições acontecem em 2 de outubro. Caso necessário segundo turno, ele ocorrerá no dia 30 do mesmo mês.