O Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (30/6), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 1/2022), que prevê o reconhecimento de um "estado de emergência" para criação de um voucher aos caminhoneiros autônomos. Ao relatar a proposta, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), falou da importância do trabalho do senador Alexandre Silveira (PSD-MG), autor da proposta.
“É importante rememorar o contexto histórico que deu origem à PEC 1, de 2022, que agora iremos relatar. No início deste ano, ainda durante o recesso, o senador Alexandre Silveira, que só viria a tomar posse no dia 2 de fevereiro, já percebera que o ano de 2022 seria de retomada do crescimento e de superação da fase mais aguda da pandemia".
Bezerra Coelho prosseguiu. "Por outro lado, também seria um ano de inflação alta, causada especialmente pela alta dos combustíveis e dos alimentos. Um cenário como esse demandaria, a seu ver, uma ação emergencial por parte do Congresso Nacional, justamente para amparar as populações mais vulneráveis a esse cenário”, afirmou o parlamentar no plenário.
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“Construída a PEC 1, de 2022, e obtidas as assinaturas, o senador Alexandre Silveira instou o senador Carlos Fávaro, também do PSD e que comunga com as mesmas ideias e valores, a ser o primeiro subscritor da proposta, ao mesmo tempo em que se pôs à disposição do presidente Rodrigo Pacheco se entendesse oportuno designar-lhe Relator da matéria”, disse também Bezerra.
“Eu faço este registro, sr. Presidente, para fazer justiça à clarividência, senso de oportunidade e espírito público do senador Alexandre Silveira. Tudo o que o Senado e a Câmara fizerem, e estão fazendo, para atenuar os efeitos do atual estado de emergência se alinha e se harmoniza com os princípios e regras contidos na PEC 1, de 2022. Relatar esta PEC honra a mim e ao meu mandato, e gostaria de dividir este momento com o nosso colega, o senador Alexandre Silveira”, concluiu Fernando Bezerra.
Devido à urgência da pauta, o primeiro e segundo turno foram votados na sequência. Foram 72 votos favoráveis e apenas um contra, do senador José Serra (PSDB). Com isso, serão injetados diretamente na economia brasileira aproximadamente R$ 38 bilhões até o fim do ano. O auxílio-gás, que atualmente é de R$ 60 a cada dois meses, passará para R$ 120 por bimestre, ao custo de mais de R$ 1 bilhão extras.
Já o Auxílio Brasil passará dos atuais R$ 400 para R$ 600. A previsão é de um desembolso por parte da União é de cerca de R$ 26 bilhões.