O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus, será candidato único a uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado. Outros deputados abandonaram a disputa após o anúncio feito por Agostinho, em 10 de junho. "Colocarei meu nome para apreciação dos deputados para a vaga de conselheiro do TCE-MG. Teremos um importante processo de votação e o meu propósito é continuar contribuindo para a construção de um estado mais justo e igualitário", afirmou Patrus, à época. Os parlamentares que desisitiram são Alencar da Silveira Jr. (PDT), Duarte Bechir (PSD), Sávio Souza Cruz (MDB) e Celise Laviola (Cidadania). A deputada anunciou a sua desistência ontem, quando terminou o prazo para que parlamentares pleiteassem a cadeira. A vaga é a do conselheiro Sebastião Helvecio, que se aposentou em dezembro de 2021.
"A política, assim como a vida, é feita de escolhas, de renúncias, de entendimentos. Nesta quinta-feira (30/6), anuncio minha decisão de retirar minha candidatura ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). Primeiro, quero registrar meu mais alto respeito a esta corte, que tanto tem feito em prol da melhoria da gestão e das contas públicas, desde sua criação em 1935. A todos que se dedicam a este Tribunal fica a minha profunda e permanente admiração", anunciou Celise Laviola ontem.
Agora, uma comissão especial será formada na Assembleia para análise da indicação de Agostinho Patrus. O nome do presidente do Parlamento mineiro é bem-visto, a ponto de o requerimento que formaliza a candidatura contar com a assinatura de 68 dos 77 deputados estaduais, muito acima do mínimo necessário, que são 16. A expectativa na Assembleia é de que o nome de Agostinho passe pela comissão e chegue ao plenário principal, para apreciação geral, até o início do recesso parlamentar em 18 de julho (segunda-feira). A votação será realizada em turno único.
Caso tenha o nome aprovado, Agostinho tomará posse como novo conselheiro do TCE-MG até o fim de novembro deste ano. Enquanto isso, seguirá como deputado estadual e presidente da Assembleia. Após a saída dele, será necessária uma eleição para presidente do Legislativo de dezembro de 2022 a janeiro de 2023. Em fevereiro, já com a nova formatação do Parlamento após as eleições de 2022, em outubro, ocorre a tradicional eleição para a nova legislatura.