A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli causou polêmica ao defender o governo durante sua participação no Flow podcast, nessa segunda-feira (4/7). Em um dos momentos, ela chegou entrou em um embate com o apresentador Paulo Cruz e o chamou de burro.
O tema do podcast era o fundão eleitoral, que, em 2021, destinaria R$5,3 bilhões aos partidos. Zambelli foi crítica ao projeto, mas votou sim ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em que o fundão estava embutido. O apresentador questionou sobre o voto da deputada, que respondeu: “Você queria que eu votasse contra o orçamento? O governo tinha que dar calote em todo mundo?”.
Em seguida, Paulo Cruz acrescenta que Bolsonaro vetou o projeto e a parlamentar ressalta que o presidente vetou apenas o aumento do fundão eleitoral. O apresentador, então, pergunta se ela poderia votar a favor do orçamento e contra o dinheiro dos partidos. Nisso, ela responde: “Tu é muito burro. Eu expliquei todos os detalhes. Eu vou mijar e você fica falando sozinho”, e sai da câmera.
O apresentador e professor faz um desabafo sobre a atuação de Zambelli no Congresso. O co-host, Igor Coelho, pôs panos quentes na situação e disse que o programa estava no fim.
A cena foi muito comentada nas redes sociais e o assunto ficou em alta nas redes.
Discussão sobre corrupção
Em outro momento, Paulo e Carla discutiram sobre corrupção. Ela afirmou que não há corrupção no governo e que o presidente não acabou com a Operação Lava-Jato, mas sim, o Poder Judiciário.
Em seguida, eles começam a debater sobre o que é corrupção e Zambelli afirma haver ganho indevido de dinheiro. Quando o apresentador aponta o caso de tráfico de influência no Ministério da Educação, a deputada afirmou: “Me mostra uma prefeitura que recebeu dinheiro indevido”.
Ela ainda defendeu o ex-ministro Milton Ribeiro: “Não estourou na imprensa, saiu na imprensa muito depois. Já tinha denunciado pelo Milton meses antes, a investigação já estava em curso. O pastor que tinha o áudio do Milton divulgou porque sabia que estava sendo investigando”, apontou, sem citar provas.