Em duplo compromisso, com motociata e participação na Marcha para Jesus em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) terminou o sábado (9/7) entre frases que ele repetiu em tantos outros discursos e mistura de política e religião.
O chefe do Executivo não chegou a pedir votos em seu discurso único durante a marcha. Porém, disse que o país trava uma "guerra do bem contra o mal", pouco depois de dizer que reza todos os dias para que o povo não "experimente as dores do comunismo".
As falas fazem alusão à disputa pela presidência neste ano contra o principal adversário, Luis Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato e ex-presidente.
"Temos que nos apresentar não apenas por questões materiais, mas pelas questões espirituais também. (...) Homens e mulheres de bem são os guerreiros dessa guerra. Não cabe a uma pessoa vencer essa guerra, mas a todos nós nos afastarmos cada vez mais daqueles que querem nos afastar do nosso criador e querem tomar a nossa liberdade", disse Bolsonaro.
Pautas e showmício
Antes de sair em trio elétrico pela marcha, o presidente citou outros temas que se tornaram chaves para inflamar a base conservadora. Disse ser contra aborto, ideologia de gênero, legalização de drogas e jogos.
Chamou atenção que, enquanto ele desfilava junto a outros políticos, como os deputados federais Carla Zambeli (PL), Hélio Negão (PL) e o vereador de Belo Horizonte Nicolas Ferreira (PL) os hinos cristãos citavam a todo tempo o nome de Bolsonaro em meio às letras das músicas.