O presidente do PT em Minas Gerais, Cristiano Silveira, crê que os recentes casos de violência política no país, como o assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro petista em Foz do Iguaçu (PR), não podem ser explicados pela polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (PL). Para o dirigente, há em curso uma tentativa de "extermínio", sobretudo, de pessoas com pensamentos ligados à esquerda.
"As instituições, em nosso país, precisam assumir papel de maior responsabilidade com o que está acontecendo. Quem fala em polarização, faz discurso para tentar diminuir algo grave que está acontecendo, que é o extermínio de quem pensa diferente - especialmente, de pessoas do campo da esquerda", disse Cristiano, que é deputado estadual, durante entrevista nesta terça-feira (12/7).
Arruda, guarda municipal na cidade paranaense, foi morto na noite de sábado (10) por Jorge José Guaranho, policial penal alinhado ao bolsonarismo. O petista comemorava seu aniversário de 50 anos em festa que remetia a Lula quando acabou alvejado por tiros disparados por Guaranho.
Para Cristiano Silveira, outros episódios reforçam a tese de que há, em curso, tentativas de agressão a pessoas contrárias ao governo Bolsonaro. Como exemplos, ele citou o drone que atirou substâncias fétidas em pessoas que esperavam discursos de Lula e Alexandre Kalil (PSD) em Uberlândia, no Triângulo, e o ataque, com fezes, terra e ovos, ao carro do juiz que mandou prender Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação.
"Quem está promovendo isso? Não somos nós, apoiadores do presidente Lula. Não há polarização nesse sentido, de atos violentos. O que há, de um lado, são atos violentos contra quem pensa diferente", protestou o dirigente petista.
Em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda conseguiu reagir e, mesmo atingido, acertou Guaranho, que segue internado. Cristiano Silveira afirmou que o guarda municipal agiu em "legítima defesa".
"Diminuir, banalizar ou tentar relativizar os crimes violentos que estão acontecendo, pode transformar para pior o ambiente, encorajando quem tem a disposição de dar cabo a vida de pessoas", falou.
O envelope continha a foto de um macaco, recortada de um jornal, e frases racistas escritas à caneta, como "macaca de Neves", em referência a Ribeirão das Neves, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte e cidade natal dela.
A suástica, símbolo nazista, também foi desenhada sobre o retrato do animal, bem como uma caveira. Na correspondência estavam, ainda, outros ataques como as frases "defensora de bandido" e "amiga de vagabundo", além dos xingamentos "lixo" e "bosta".
Segundo Cristiano Silveira, o PT acionou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após as ameaças e pediu à Polícia Militar que reforce a escolta de Andréia de Jesus. Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, ela anda acompanhada por um agente desde novembro último, quando foi ameaçada após questionar as circunstâncias de uma ação policial que gerou a morte de 26 pessoas em Varginha, no Sul mineiro.
"Estamos chegando a uma seara muito perigosa. Se não houver um freio de arrumação das instituições, vamos ter, talvez, uma das mais violentas eleições da história do Brasil - e não por parte nossa", alertou o presidente petista.
No fim da semana passada, o Parlamento mineiro chegou a informar que Andréia teria sua escolta reforçada a partir do início desta semana.
"As instituições, em nosso país, precisam assumir papel de maior responsabilidade com o que está acontecendo. Quem fala em polarização, faz discurso para tentar diminuir algo grave que está acontecendo, que é o extermínio de quem pensa diferente - especialmente, de pessoas do campo da esquerda", disse Cristiano, que é deputado estadual, durante entrevista nesta terça-feira (12/7).
Arruda, guarda municipal na cidade paranaense, foi morto na noite de sábado (10) por Jorge José Guaranho, policial penal alinhado ao bolsonarismo. O petista comemorava seu aniversário de 50 anos em festa que remetia a Lula quando acabou alvejado por tiros disparados por Guaranho.
Para Cristiano Silveira, outros episódios reforçam a tese de que há, em curso, tentativas de agressão a pessoas contrárias ao governo Bolsonaro. Como exemplos, ele citou o drone que atirou substâncias fétidas em pessoas que esperavam discursos de Lula e Alexandre Kalil (PSD) em Uberlândia, no Triângulo, e o ataque, com fezes, terra e ovos, ao carro do juiz que mandou prender Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação.
"Quem está promovendo isso? Não somos nós, apoiadores do presidente Lula. Não há polarização nesse sentido, de atos violentos. O que há, de um lado, são atos violentos contra quem pensa diferente", protestou o dirigente petista.
Em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda conseguiu reagir e, mesmo atingido, acertou Guaranho, que segue internado. Cristiano Silveira afirmou que o guarda municipal agiu em "legítima defesa".
"Diminuir, banalizar ou tentar relativizar os crimes violentos que estão acontecendo, pode transformar para pior o ambiente, encorajando quem tem a disposição de dar cabo a vida de pessoas", falou.
PT trabalha para reforçar segurança de deputada
Na semana passada, integrantes do PT mineiro vivenciaram de perto um episódio de intolerância. Isso porque a deputada estadual Andréia de Jesus, filiada ao partido, recebeu, em seu gabinete na Assembleia Legislativa, uma carta anônima com mensagens racistas e de teor nazista.O envelope continha a foto de um macaco, recortada de um jornal, e frases racistas escritas à caneta, como "macaca de Neves", em referência a Ribeirão das Neves, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte e cidade natal dela.
A suástica, símbolo nazista, também foi desenhada sobre o retrato do animal, bem como uma caveira. Na correspondência estavam, ainda, outros ataques como as frases "defensora de bandido" e "amiga de vagabundo", além dos xingamentos "lixo" e "bosta".
Segundo Cristiano Silveira, o PT acionou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após as ameaças e pediu à Polícia Militar que reforce a escolta de Andréia de Jesus. Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, ela anda acompanhada por um agente desde novembro último, quando foi ameaçada após questionar as circunstâncias de uma ação policial que gerou a morte de 26 pessoas em Varginha, no Sul mineiro.
"Estamos chegando a uma seara muito perigosa. Se não houver um freio de arrumação das instituições, vamos ter, talvez, uma das mais violentas eleições da história do Brasil - e não por parte nossa", alertou o presidente petista.
No fim da semana passada, o Parlamento mineiro chegou a informar que Andréia teria sua escolta reforçada a partir do início desta semana.