A eleição que vai ratificar o presidente da Assembleia de Minas, Agostinho Patrus (PSD), como indicado do Legislativo ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) deve ficar para depois do recesso parlamentar. Os deputados estaduais vão paralisar os trabalhos no dia 18 e retornar em agosto. Na semana passada, havia, nos bastidores da Assembleia, a expectativa pela conclusão dos trâmites para levar Agostinho ao TCE ainda neste mês. Agora, no entanto, a ideia é conduzir o processo com calma.
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Manuela d'Ávila fará parte da equipe de Kalil na campanha ao governoPacheco recebe Lula na residência oficial do SenadoRandolfe: 'Não há polarização quando um lado proclama meter bala'Tebet propõe a Moraes pacto de não agressão entre candidatos nas eleiçõesSegundo o presidente do comitê, Cássio Soares (PSD), a tendência é que até mesmo a arguição a Agostinho fique para depois do recesso.
"Não vamos fazer nada de forma atabalhoada. Vamos fazer tudo com muita tranquilidade, calma e responsabilidade para cumprir bem nosso papel", disse, nesta quarta-feira (13/7), ao Estado de Minas.
Cássio e Hely Tarqüínio (PV), o vice-presidente da Comissão Especial, são aliados de Agostinho. Na semana passada, contudo, o presidente do Parlamento ressaltou que a dupla tem autonomia para marcar as datas das fases do processo que deve levá-lo ao TCE.
"Cássio e Hely possuem destacada atuação no Parlamento mineiro e, certamente, conduzirão os trabalhos com isenção e transparência", garantiu.
O Tribunal de Contas de Minas é responsável por fiscalizar as contas públicas do governo do estado e dos 853 municípios. Os conselheiros da entidade recebem R$ 35.462,22 ao mês.
Presidente abriu mão de ser vice na chapa de Kalil
Antes de pleitear assento no TCE, Agostinho Patrus estava apalavrado com Alexandre Kalil (PSD) para ser o vice-candidato do ex-prefeito de Belo Horizonte ao governo de Minas. Em prol de disputar o cargo, ele chegou, inclusive, a trocar o PV pelo PSD.Em maio deste ano, contudo, o deputado estadual abriu mão da vaga de vice para viabilizar aliança com o PT, que reivindicava espaço na chapa. Agostinho, então, repassou o posto ao petista André Quintão, seu colega na Assembleia Legislativa.
Se for mesmo para o TCE, Agostinho substituirá o ex-conselheiro Sebastião Helvecio, aposentado desde o fim de 2021.
Independentemente da data da eleição para a corte de contas, Agostinho seguirá como presidente da Assembleia pelo menos até novembro. Depois, deve haver eleição para definir o responsável por um mandato-tampão até fevereiro, quando esta legislatura termina.