“Foi lá o deputado Otoni de Paula, conversei com ele. Ele foi lá, abriu, telefonou para mim na imagem e eu conversei com dois irmãos. Os dois irmãos são eleitores nossos, simpatizantes, e o outro irmão era de esquerda. Tudo bem”, relatou em um vídeo divulgado por um canal de direita ao comentar ligação à família feita nesta terça-feira (13/7) por intermédio do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ). A conversa foi realizada por vídeo com dois irmãos de Marcelo, chamados Luiz e José de Arruda, que não estavam presentes da festa de aniversário onde o crime ocorreu.
Leia Mais
Bolsonaro diz que conheceu petista morto por bolsonarista: 'votei nele'Carlos Bolsonaro debocha de Lula e Anitta: 'O descondenado e a tatuada'Tebet propõe a Moraes pacto de não agressão entre candidatos nas eleiçõesPolícia investiga se homicídio do dirigente petista foi premeditadoFamília Bolsonaro faz ao menos um ataque à imprensa por diaCiro Gomes pede para que todos os candidatos participem dos debates ao vivoBolsonaro: 'eleitora não está procurando um casamento'Sede do PL em Uberaba é alvo de vandalismo“Por coincidência, resgatamos uma foto agora, de 2017, eu com o irmão deles que morreu. Que inclusive ele pediu pra mim… eu não lembrava, né… que eu votasse algo com eles e eu votei com eles. Votei a favor desse petista que faleceu lá”, alegou sem especificar qual era a pauta pleiteada.
Bolsonaro ainda criticou a imprensa por noticiar a ausência de contato com a viúva de Arruda. “O que a imprensa fala? 'Não falou com a viúva'. Meu Deus do céu. O Otoni foi lá e conversou com dois irmãos. Se a viúva estivesse lá, eu conversava com ela também”, alegou.
“A gente lamenta. Pra mim, não justifica o que aconteceu ali… a motivação, uma briga ali do nada. Infelizmente, uma morte, o outro tá no hospital”, completou.
Por fim, voltou a reclamar que ao ter recebido facada em Juiz de Fora em 2018 durante campanha eleitoral, “quando o Adélio me esfaqueou, a imprensa não falou 'Psolista'”.
Nesta terça-feira (13/7), o presidente criticou os convidados de Arruda que estavam na festa de seu aniversário, dizendo que “petistas encheram a cara do atirador de chutes”.
À coluna da jornalista Bela Megale, a viúva Pâmela Suellen Silva disse ver uso político da morte do marido por Bolsonaro. “Acredito que Bolsonaro está preocupado com a repercussão política, porque, tanto no vídeo que fez no cercadinho, como no que conversa com os irmãos do Marcelo, Bolsonaro diz que estão tentando colocar a culpa nele”. Ela contou ainda não ter sido convidada para a ligação por vídeo ou sequer recebido contato por parte do governo prestando solidariedade.