O MDB definiu, nesta quinta-feira (14/7), que vai apoiar a campanha de Romeu Zema (Novo) à reeleição. O acordo foi fechado após reunião de Zema com lideranças emedebistas no estado.
Segundo o deputado federal Newton Cardoso Júnior, presidente do MDB em Minas, a decisão de caminhar com Zema foi influenciada, sobretudo, pelo que chamou de "equilíbrio fiscal" da atual gestão.
"A volta do repasse de recursos para as prefeituras, o pagamento dos servidores em dia, a gestão moderna e eficiente, tudo isso foi determinante para que o MDB unisse forças para a reeleição do governador", disse.
O MDB vinha sendo cortejado por outras correntes, como a que defende a pré-candidatura de Marcus Pestana (PSDB) ao governo.
Os tucanos chegaram, inclusive, a oferecer aos emedebistas a prerrogativa de indicar o nome da chapa que disputaria o Senado.
Mesmo com o apoio a Zema, o MDB mantém a pré-candidatura ao Senado de Paulo Piau, ex-prefeito de Uberaba, no Triângulo.
A reunião entre Newton Júnior e Zema teve as participações de Fábio Ramalho e Hercílio Coelho Diniz, que também representam o MDB de Minas na Câmara dos Deputados.
O deputado estadual João Magalhães foi outro a marcar presença, assim como lideranças regionais do partido.
Zema teve convite para ingressar no MDB
Na Assembleia Legislativa, o MDB está no bloco de orientação independente em relação ao governo Zema.
Há, inclusive, parlamentares críticos a alguns pontos da atual gestão – Sávio Souza Cruz, por exemplo, foi relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou integrantes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
No ano passado, Newton Júnior chegou a convidar o político do Novo a se filiar aos quadros emedebistas.
"Deixo aqui, como presidente do MDB, ao qual sou filiado há mais de 20 anos, as portas abertas. Deixar, para o senhor, um convite para que possa se filiar ao nosso partido para a disputa de sua reeleição em 2022", falou, à época.
Impasse sobre vice ainda vigora
Além do MDB, a coligação em torno de Zema deve ser composta por Podemos, Solidariedade, Agir, Avante e PP.
Outras legendas podem se somar à coalizão e mesmo parte do PL, que tem a pré-candidatura de Carlos Viana, é simpática à chapa do Novo.
O entorno de Zema ainda não definiu quem será o vice-candidato ao governo. Certo é que o atual ocupante do posto, Paulo Brant (PSDB), não tentará renovar o mandato.
Para a vaga dele, as opções são Mateus Simões (Novo) e Marcelo Aro (PP). Bilac Pinto (União Brasil) e Eduardo Costa (Cidadania) também chegaram a ser cotados.
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