A fim de carimbar a marca de seu governo na PEC das Bondades, o presidente Jair Bolsonaro (PL) caminhou até o Congresso Nacional, nesta quinta-feira (14/7), para participar da promulgação da PEC que autoriza a instauração de um "estado de emergência" no país para contornar legislação eleitoral e turbinar benefícios antes do pleito de outubro.
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Ao lado de Bolsonaro no Plenário estiveram o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (PL-TO).
De olhos nas eleições, em discurso no plenário, Bolsonaro acenou ao público feminino, ao dizer que mais de dois terços do público alvo do programa é formado por mulheres, e agradeceu ao Congresso Nacional pela aprovação.
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Ele continuou: "Em dezembro, o mínimo era R$ 400 e agora passa a R$ 600. Esses recursos vão diretamente no bolso, na conta dos beneficiários. São 18 milhões de famílias e deixo claro: um pouco mais de dois terços, em torno de 14 milhões, são mulheres. Então, o nosso olhar também para as mulheres pelo Brasil”.
“Mais de 90% dos títulos da reforma agrária são para mulheres. Mesmo quando existe um casal, vai para a esposa. Para o homem apenas quando ele está solteiro ou viúvo. É o nosso olhar todo especial para as mulheres do Brasil, pessoas logicamente importantíssimas. Nenhum homem pode crescer e sonhar na vida se não tiver ao seu lado uma mulher. Uma magnífica e grandiosa mulher", declarou Bolsonaro.
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"Esse é o nosso Brasil, que, inclusive agora temos na Caixa uma senhora presidindo aquela instituição. Uma pessoa fantástica que também está transformando a Caixa para elas”, disse em referência à nova presidente da Caixa, Daniella Marques, que tomou posse após denúncias de assédio sexual e moral contra Pedro Guimarães.
Bolsonaro reforçou afagos ao Senado e à Câmara comparando as casas a “irmãos xifópagos” e ressaltando plena harmonia.
“Repito: a Câmara e o Senado são essenciais. Somos parceiros, por vezes a gente fala, está na Constituição, que são três poderes harmônicos e independentes. Mas, ouso dizer que o parlamento e o Executivo são irmãos xifópagos. Ou seja, nós estamos juntos sempre. Nós dependemos um do outro e vivemos em plena harmonia”, continuou.
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O termo "irmãos xifópagos" é o mesmo que gêmeos siameses, irmãos que nasceram grudados por uma parte do corpo.
Afagos ao Nordeste
O chefe do Executivo também enumerou ações do governo no Nordeste. “E digo a vocês, muitas coisas estão a caminho. Algumas já saindo da prancheta como a grande notícia para o nosso Nordeste: as eólicas offshore que produzirão energia equivalente a 50 Itaipus. Com isso, poderemos exportar o hidrogênio verde bem como reindustrializar o nosso Nordeste. É o Brasil realmente indo para o futuro”.
Bolsonaro ainda falou sobre a agenda no Maranhão nos dois últimos dias e, por vezes, repetiu a expressão “nosso Nordeste”. “Acabei de chegar do Maranhão a satisfação de visitar o nosso Nordeste é excelente, é excepcional, um carinho inigualável desse povo do nosso Nordeste. Com a chegada da água prometida a tanto tempo, reconhecemos cada vez mais que somos realmente bem vindos. Digo “somos” nós presidência da República e parlamento brasileiro pelo que temos feito aquela região”.
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O presidente voltou a repetir que a redução do ICMS incidente sobre os combustíveis pode resultar em deflação. "Teto do ICMS vai levar a inflação bem menor no próximo ano. Ouso dizer que podemos ter deflação. É o Brasil voltando à normalidade do período pré-pandemia".
Por fim, o presidente comentou medidas na pandemia, criticou governadores e falou sobre a relação comercial do Brasil com a Rússia em relação a fertilizantes e diesel. “No tocante ao agro, o governo teve coragem a ousadia de buscar a Rússia atrás de fertilizantes e tivemos excelente sucesso nessa área", disse.
"Temos garantia até meados do meio do ano que vem de fertilizante para todo nosso agro, bem como começamos a negociar a compra de diesel diretamente da Rússia para melhor atender o mercado com preço mais compensador. Ou seja, é o governo trabalhando. É tendo respaldo do parlamento brasileiro para juntos buscarmos soluções para a nossa população”, completou.
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O chefe do Executivo cumpriu agenda de dois dias no Maranhão e retornou à Brasília para participar da sessão prevista inicialmente para às 16h, mas adiada para 18h para aguardar sua chegada. Por conta da agenda prioritária, Bolsonaro adiou a costumeira live de quinta para a próxima sexta-feira (15/7), às 19h.