O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (15/7) que está há três anos e meio sem paz devido às pressões do cargo de chefe do Executivo. Ele afirmou que dívidas de governos anteriores fazem com que ele tenha grandes desafios em seu mandato.
"Estou há três anos e meio sem um dia de paz, mas entendo que é uma missão. Como lá atras, a bíblia nos mostra, que alguém pediu sabedoria. Eu peço mais do que isso. Eu peço força para agradecer. Coragem para decidir. O senhor não imagina as pressões que tive de outros países e aqui dentro do Brasil, até de Ministro, para não ir a Rússia. E eu decidi ir. Tinha que negociar fertilizantes. Imagina o Brasil sem fertilizantes. A nossa economia estaria lá embaixo. Estaríamos abrindo mão da nossa segurança alimentar. Um bilhão de pessoas pelo mundo, que se alimentam do que produzimos aqui, também passariam fome".
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A declaração de Bolsonaro foi dada na 43ª Assembleia Geral Extraordinária da Convenção Estadual das Assembleias de Deus Ministério de Madureira, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, na manhã desta sexta-feira (15/7).
No evento, o presidente frisou que a mídia não está ao seu lado e citou uma "arrecadação extra de R$ 300 bilhões" em 2021. "Não pude usar um centavo desse dinheiro".
O presidente ainda apontou gastos nos governos anteriores considerados "desnecessários" para ele. "Aí vocês começam a entender o quanto nós atrapalhamos o sistema em Brasília (...). Fizemos a coisa certa. Não há reconhecimento por grande parte da mídia, mas não tem problema, façamos a nossa parte".
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Facada em 2018
Bolsonaro também relembrou o episódio em que levou uma facada durante campanha eleitoral em setembro de 2018, justamente em Juiz de Fora. Adélio Bispo de Oliveira, autor da agressão, está preso há quase quatro anos.
"A maioria dos médicos que me viram naquele estado dizem que a cada 100 pessoas que levassem uma facada como aquela, apenas uma tinha chances de sobreviver. Alguns acham que é sorte. Eu acho que é a mão de Deus", declarou o presidente.
É a primeira vez de Bolsonaro em Juiz de Fora desde o atentado de 2018. O presidente seguiu em motociata rumo ao 2° Batalhão da Polícia Militar, perto da Igreja Betel, onde participou de evento com pastores evangélicos antes de ir à Santa Casa de Misericórdia.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda