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Estado de Minas QUATRO ANOS DA FACADA

Bolsonaro ganha homenagem em JF: 'Não é minha vida; é a história do Brasil'

Presidente da República foi agraciado com quadro contendo a foto de médicos da Santa Casa de Misericórdia, que o recebeu após facada em 2018


15/07/2022 14:58 - atualizado 15/07/2022 16:25


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Ele citou o impacto levado pela faca à artéria mesentérica, responsável por levar sangue ao intestino e chamou de "milagre" o fato de não ter morrido.

"Pelas mãos de vocês (médicos), a minha vida foi salva. Os relatos do ocorrido, por alguns de vocês com quem já conversei, é que, dificilmente, alguém sobrevive a uma facada como aquela. Não foi sorte. No meu entender, foram as mãos de Deus e as mãos de vocês, que trabalharam naquele dia", celebrou.

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#Bolsonaro #JuizDeFora #SantaCasa
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, nesta sexta-feira (15/7), uma homenagem da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O hospital recebeu o chefe do Executivo federal durante algumas horas entre 6 e 7 de setembro de 2018, após a facada recebida por ele durante um ato de campanha na cidade. Durante visita à casa de saúde, Bolsonaro foi presenteado com uma foto da equipe médica do local.

"Não é mais a minha vida apenas. É a história do Brasil, porque acabei sendo presidente da República", disse, ao rememorar o golpe sofrido.

Ele citou o impacto levado pela faca à artéria mesentérica, responsável por levar sangue ao intestino e chamou de "milagre" o fato de não ter morrido.

"Vocês, médicos, são testemunhas. Foi uma facada cirúrgica, Tinha de entrar exatamente ali", garantiu.

Bolsonaro falou aos médicos da Santa Casa durante menos de 15 minutos. Ele chegou a interromper o discurso por ter se emocionado. O presidente estava acompanhado por um séquito de políticos composto por figuras como Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, e Carlos Viana, pré-candidato do PL ao governo de Minas Gerais.

"Pelas mãos de vocês (médicos), a minha vida foi salva. Os relatos do ocorrido, por alguns de vocês com quem já conversei, é que, dificilmente, alguém sobrevive a uma facada como aquela. Não foi sorte. No meu entender, foram as mãos de Deus e as mãos de vocês, que trabalharam naquele dia", celebrou.

Do hospital, Bolsonaro seguiu para o Aeroclube de Juiz de Fora, de onde partiu rumo a Brasília (DF). Antes, participou de motociata com apoiadores e foi a um evento religioso. Parlamentares ainda aproveitaram alguns minutos da visita para conceder a ele o título de cidadão honorário do município.


Agrado do presidente da Santa Casa

A comitiva bolsonarista foi recebida pelo médico pediatra Renato Loures, presidente da Santa Casa em Juiz de Fora. Ele afirmou que o governo federal tem dado apoio aos hospitais filantrópicos e sinalizou alinhamento às ideias do chefe do poder Executivo.

"(O hospital) segue os princípios cristãos, em profunda comunhão com os pensamentos do presidente", garantiu, momentos depois de ressaltar que a Santa Casa é regida pelas "leis católicas".

Quando ainda era deputado federal, no fim de 2018, Bolsonaro chegou a enviar emenda parlamentar de R$ 2 milhões ao hospital que o abrigou após a facada. Depois, alguns de seus apoiadores conseguiram reunir mais R$ 1,5 milhão.

Segundo Renato Loures, apenas um outro presidente, Itamar Franco, visitou o local. "Dos nossos atendimentos, 70% são dedicados ao SUS. Somos a maior transplantadora de Minas Gerais e a quarta do Brasil", explicou.

Relembre

Depois de ficar por algumas horas na Santa Casa, Bolsonaro foi transferido ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP). O então presidenciável chegou à casa de saúde após ser atingido no abdômen por Adélio Bispo de Oliveira, que acompanhava seu périplo pelas ruas da cidade da Zona da Mata. Além da artéria mesentérica, o golpe gerou perfurações no intestino grosso e no intestino delgado.

Segundo Bolsonaro, o ataque a faca é a causa de suas recentes internações. Em janeiro deste ano, por exemplo, o chefe do Executivo ficou dois dias hospitalizado por causa de uma obstrução intestinal.

Em 2019, o presidente da República recebeu, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), o médico Paulo Gonçalves de Oliveira Júnior, chefe da equipe que o recebeu no hospital em Juiz de Fora. 

As investigações

Adélio Bispo está preso em uma penitenciária de Campo Grande (MS). Por duas vezes, a Polícia Federal concluiu que o homem agiu sozinho. Em novembro passado, no entanto, o inquérito a respeito do caso foi aberto.

Bolsonaro visitou Juiz de Fora menos de uma semana após Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), ser morto a tiros pelo bolsonarista Jorge José Guaranho. Na terça-feira, ele conversou por videoconferência com familiares de Arruda.

Ele chegou a sugerir aos parentes a marcação de uma coletiva de imprensa a fim de elucidar o caso.

"A ideia é ter uma coletiva com a imprensa para vocês falarem a verdade. Não é a esquerda ou a direita. A imprensa está tentando desgastar o meu governo", falou, no início da semana.


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