Uma professora de dança, de 32 anos, que preferiu não se identificar, acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter empurrado o rosto dela nesta sexta-feira (15/7), durante a visita a Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais.
"Cheguei perto dele, com as mãos abaixadas, e falei: 'fascista, corrupto'. Aí ele botou a mão esquerda no meu rosto e empurrou", disse à reportagem do Estado de Minas por telefone.
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A vítima preferiu não registrar um boletim de ocorrência, pois, segundo ela, isso não resolveria a situação.
A Polícia Militar informou, por e-mail, que sem o registro não é possível adotar providências. A corporação ressaltou que ninguém foi preso nesta circunstância.
O Estado de Minas também pediu um posicionamento de Bolsonaro, mas não recebeu um retorno da assessoria do Palácio do Planalto até a publicação desta matéria.
Sem menção a Lula
Ao EM, a professora afirmou que em nenhum momento falou palavras de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Quero destacar que não sou vinculada a nenhum partido e também não apoio nenhum candidato à presidência".
Ela relatou ter ficado com um pouco de medo, "mas ao mesmo tempo em paz por ter tido a oportunidade de dar voz a todos que são contra o governo Bolsonaro".
Passeio com o cachorro
A mulher disse ainda que foi até o local durante o passeio com o cachorro para ver o que estava acontecendo.
"Eu vi que estava tendo uma motociata e sabia que o presidente viria para Juiz de Fora, mas não imaginava que estava ali naquele momento".
Retorno a Juiz de Fora
A visita a Juiz de Fora marcou o retorno de Bolsonaro à cidade onde recebeu uma facada durante a campanha eleitoral em setembro de 2018.
Ele foi recebido por apoiadores no aeroporto, participou de um culto e visitou a Santa Casa de Misericórdia, onde ficou internado há quatro anos após ser vítima de agressão de Adélio Bispo, preso desde o ocorrido.