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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro reúne embaixadores para discutir o sistema eleitoral brasileiro

Crítico das urnas eletrônicas, presidente diz que apresentará ''powerpoint'' sobre as últimas eleições no Brasil


18/07/2022 04:00 - atualizado 18/07/2022 07:27

O presidente do STF, Luiz Fux, foi convidado pelo Planalto, mas não estará em Brasília
O presidente do STF, Luiz Fux, foi convidado pelo Planalto, mas não estará em Brasília (foto: NELSON JR/STF)

Brasília – O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve se reunir com hoje com embaixadores e presidentes de tribunais para tratar de eleições. A agenda oficial do Palácio do Planalto não informa o tema da reunião, mas o chefe do Executivo já anunciou nas suas transmissões semanais o assunto do encontro. “Convidei os senhores embaixadores; vou falar sobre as eleições de 2014, documentado, vou falar das eleições de 2020, em especial os números apurados em São Paulo, falar de 2018 também, documentado, documentos do próprio TSE. Nada vai ser inventado da minha parte, porque o mundo tem que saber como é o sistema eleitoral brasileiro”, afirmou ele na última quinta-feira.

Já o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, marcou para 1º de agosto, no edifício-sede da corte eleitoral, reunião entre o corpo técnico da corte instituições e partidos que vão fiscalizar o pleito deste ano para repassar orientações.

Na live do último dia 7, Bolsonaro também já havia anunciado o que fará na reunião de hoje: “Será um powerpoint mostrando tudo o que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado, bem como essas participações dos nossos ministros do TSE, que são do Supremo, sobre o sistema eleitoral”, disse. Segundo ele, a reunião deve contar com a presença de “uns 50 embaixadores”. O presidente tem questionado a eficácia das urnas eletrônicas, falado em fraude, mas nunca apresentou provas disso.

Há dúvidas na comunidade diplomática sobre os critérios usados pelo Palácio do Planalto para escolher as representações para o a reunião de hoje. A representação do Reino Unido em Brasília, por exemplo, informou que não havia sido convidada até o começo da noite de sábado, como também da Suécia. Já o chefe da embaixada dos EUA, o encarregado de negócios Douglas Koneff, esteve fora de Brasília no fim de semana e retornar hoje pela manhã, mas não houve confirmação oficial de sua presença na reunião com Bolsonaro.

Representantes de algumas das principais embaixadas estrangeiras em Brasília, como EUA, Rússia, Japão e Coreia do Sul, não haviam confirmado até sábado presença no encontro com Jair Bolsonaro hoje. Já embaixadas da França e da União Europeia informaram que enviarão representantes. No caso da Coreia do Sul, a embaixada informou “desconhecer qualquer convite”. O embaixador Lim Ki-mo está em viagem a Seul. Outro que está fora de Brasília é o embaixador da União Europeia, o espanhol Ignacio Ybáñez, por isso, a embaixada será representada pela encarregada de negócios.

Além dos representantes estrangeiros, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edson Fachin, foram convidados para o encontro com Bolsonaro, mas comunicaram que não irão. Em ofício enviado ao Planalto, Fachin disse que o “dever de imparcialidade” o impede de ir à reunião. Já Luiz Fux informou que estará fora de Brasília e só retorna à capital federal amanhã. Bolsonaro convidou também o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Emmanoel Pereira; e a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes. Apenas Pereira confirmou presença.




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