Brasília - Com o lema “Pelo bem do Brasil”, o presidente Jair Bolsonaro (PL) oficializará a candidatura à reeleição no Rio de Janeiro, seu berço político. A convenção ocorrerá no próximo domingo no Maracanãzinho, com previsão para começar exatamente às 11h22, um simbolismo em referência ao número 22 do partido e até mesmo na vestimenta dos participantes orientados a comparecer de verde e amarelo ao local.
Essa é uma das primeiras convenções nacionais, prazo para os partidos definirem oficialmente seus candidatos e ocorre em 20 de julho a 5 de agosto. A menos de 80 dias das eleições, Bolsonaro e a equipe concentram forças no fechamento de acordos estaduais, ainda indefinidos nos maiores colégios eleitorais do país e pretendem ultrapassar o petista Lula até o meio de agosto. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda tem arestas nos estados para aparar com o principal aliado: o PSB. Até agora, o PT garantiu único nos dois maiores colégios eleitorais, São Paulo e Minas.
Essa é uma das primeiras convenções nacionais, prazo para os partidos definirem oficialmente seus candidatos e ocorre em 20 de julho a 5 de agosto. A menos de 80 dias das eleições, Bolsonaro e a equipe concentram forças no fechamento de acordos estaduais, ainda indefinidos nos maiores colégios eleitorais do país e pretendem ultrapassar o petista Lula até o meio de agosto. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda tem arestas nos estados para aparar com o principal aliado: o PSB. Até agora, o PT garantiu único nos dois maiores colégios eleitorais, São Paulo e Minas.
O foco da campanha bolsonarista é o Sudeste, que concentra 42,64% do eleitorado nacional, contando ainda com o impulso da recente vitória governista com a aprovação da proposta de emenda à Constituição que concede R$ 41 bilhões em benefícios sociais entre agosto e dezembro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, mais uma vez, a maior parte do eleitorado brasileiro é composta por mulheres e por isso o presidente tem sido aconselhado pelo comitê de campanha a aumentar a ofensiva, acenando ao público feminino onde não é popular.
Em São Paulo, maior colégio eleitoral, com 22,16% de todos os eleitores, o candidato de Bolsonaro ao governo é o ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos). O palanque foi fortalecido após o PSD declarar no começo do mês que apoiará a candidatura, tendo o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD) como vice na chapa. Mas Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla, defende que o partido se mantenha neutro na disputa presidencial, mas entre Lula e Bolsonaro, deve apoiar o petista. A aposta de Bolsonaro está em maior exposição com a campanha de Tarcísio e, consequentemente, ampliar a base eleitoral.
Minas Gerais tem o segundo maior eleitorado (10,41%) e histórico decisivo nas eleições. Desde 1989, quem ganha no estado, leva a cadeira do Palácio do Planalto. Bolsonaro visitou o estado na última semana, em Juiz de Fora, onde explorou o caso da facada sofrida em 2018 durante a pré-campanha. Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, em levantamento divulgado no último dia 15 sobre as intenções de voto em Minas, Lula aparece com 42%, oito pontos de vantagem sobre o presidente, segundo colocado, com 34%.
Após negociações frustradas com o pré-candidato à reeleição, o governador Romeu Zema (Novo), que declarou apoio ao presidenciável de seu partido, Luiz Felipe D’Ávila, Bolsonaro apoia a candidatura do senador Carlos Viana (PL). Já o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), ex-ministro do Turismo, é o nome cotado para concorrer ao Senado na chapa com Viana. Uma das razões apontadas é a de que a forte rejeição de Bolsonaro em Minas poderia prejudicar Zema, que disputa o governo contra o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD). O cenário prejudica Bolsonaro, uma vez que contava com a visibilidade política local.
APELO
No Rio de Janeiro, cenário melhor definido, Bolsonaro conta com a candidatura à reeleição do governador Cláudio Castro (PL), que aparece tecnicamente empatado com Marcelo Freixo (PSB) nas últimas pesquisas. Castro tem como companheiro de chapa um nome do MDB, o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis. Ao Senado, o partido vai bancar a tentativa de reeleição do ex-jogador Romário (PL-RJ), apesar do forte apelo bolsonarista de apoio ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) que também tenta se viabilizar.
Na Bahia, o presidente encontra dificuldades. Ele tentou aproximação sem sucesso com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), que concorrerá a governador e aparece como favorito nas intenções de voto. Ele preferiu manter o palanque aberto. Bolsonaro conta agora com a pré-candidatura do ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL) a governador que terá como mote o Auxílio Brasil e o aumento no valor do pagamento das parcelas para R$ 600 até dezembro, além do papel de destacar as obras de conclusão da transposição do Rio São Francisco, iniciada na gestão PT. O Nordeste é uma dos desafios para a empreitada bolsonarista que historicamente é reduto lulista e conta com 27,11% do eleitorado. Roma surge com apenas 6% das intenções, segundo último levantamento.
Em Alagoas, Bolsonaro conta com o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB) como pré-candidato ao governo estadual. No Ceará, o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), pré-candidato ao governo, deve abrir palanque para o presidente. Em pesquisa divulgada no último dia 16, ele aparece na liderança da disputa com 45,4% das intenções de voto. No Rio Grande do Sul, o líder do Executivo tem ‘bola dupla’. Tanto o deputado federal Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro do governo, e o senador Luiz Carlos Heinze (PP), vice-líder do partido no Senado, se colocaram na disputa como candidatos a governador.