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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Convenções oficializarão candidaturas de Bolsonaro e Lula no fim de semana

Presidente terá seu nome confirmado no domingo, no Maracanãzinho. E o petista será lançado no sábado, em São Paulo


18/07/2022 04:00 - atualizado 18/07/2022 07:31

Campanha de Jair Bolsonaro acredita que ele pode ultrapassar Lula nas pesquisas em meados de agosto
Campanha de Jair Bolsonaro acredita que ele pode ultrapassar Lula nas pesquisas em meados de agosto (foto: EVARISTO SÁ/AFP)

Brasília - Com o lema “Pelo bem do Brasil”, o presidente Jair Bolsonaro (PL) oficializará a candidatura à reeleição no Rio de Janeiro, seu berço político. A convenção ocorrerá no próximo domingo no Maracanãzinho, com previsão para começar exatamente às 11h22, um simbolismo em referência ao número 22 do partido e até mesmo na vestimenta dos participantes orientados a comparecer de verde e amarelo ao local.

Essa é uma das primeiras convenções nacionais, prazo para os partidos definirem oficialmente seus candidatos e ocorre em 20 de julho a 5 de agosto. A menos de 80 dias das eleições, Bolsonaro e a equipe concentram forças no fechamento de acordos estaduais, ainda indefinidos nos maiores colégios eleitorais do país e pretendem ultrapassar o petista Lula até o meio de agosto. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda tem arestas nos estados para aparar com o principal aliado: o PSB. Até agora, o PT garantiu único nos dois maiores colégios eleitorais, São Paulo e Minas.

O foco da campanha bolsonarista é o Sudeste, que concentra 42,64% do eleitorado nacional, contando ainda com o impulso da recente vitória governista com a aprovação da proposta de emenda à Constituição que concede R$ 41 bilhões em benefícios sociais entre agosto e dezembro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, mais uma vez, a maior parte do eleitorado brasileiro é composta por mulheres e por isso o presidente tem sido aconselhado pelo comitê de campanha a aumentar a ofensiva, acenando ao público feminino onde não é popular.

Em São Paulo, maior colégio eleitoral, com 22,16% de todos os eleitores, o candidato de Bolsonaro ao governo é o ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos). O palanque foi fortalecido após o PSD declarar no começo do mês que apoiará a candidatura, tendo o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD) como vice na chapa. Mas Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla, defende que o partido se mantenha neutro na disputa presidencial, mas entre Lula e Bolsonaro, deve apoiar o petista. A aposta de Bolsonaro está em maior exposição com a campanha de Tarcísio e, consequentemente, ampliar a base eleitoral.

Minas Gerais tem o segundo maior eleitorado (10,41%) e histórico decisivo nas eleições. Desde 1989, quem ganha no estado, leva a cadeira do Palácio do Planalto. Bolsonaro visitou o estado na última semana, em Juiz de Fora, onde explorou o caso da facada sofrida em 2018 durante a pré-campanha. Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, em levantamento divulgado no último dia 15 sobre as intenções de voto em Minas, Lula aparece com 42%, oito pontos de vantagem sobre o presidente, segundo colocado, com 34%.

Após negociações frustradas com o pré-candidato à reeleição, o governador Romeu Zema (Novo), que declarou apoio ao presidenciável de seu partido, Luiz Felipe D’Ávila, Bolsonaro apoia a candidatura do senador Carlos Viana (PL). Já o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), ex-ministro do Turismo, é o nome cotado para concorrer ao Senado na chapa com Viana. Uma das razões apontadas é a de que a forte rejeição de Bolsonaro em Minas poderia prejudicar Zema, que disputa o governo contra o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD). O cenário prejudica Bolsonaro, uma vez que contava com a visibilidade política local.

APELO 

No Rio de Janeiro, cenário melhor definido, Bolsonaro conta com a candidatura à reeleição do governador Cláudio Castro (PL), que aparece tecnicamente empatado com Marcelo Freixo (PSB) nas últimas pesquisas. Castro tem como companheiro de chapa um nome do MDB, o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis. Ao Senado, o partido vai bancar a tentativa de reeleição do ex-jogador Romário (PL-RJ), apesar do forte apelo bolsonarista de apoio ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) que também tenta se viabilizar.

Na Bahia, o presidente encontra dificuldades. Ele tentou aproximação sem sucesso com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), que concorrerá a governador e aparece como favorito nas intenções de voto. Ele preferiu manter o palanque aberto. Bolsonaro conta agora com a pré-candidatura do ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL) a governador que terá como mote o Auxílio Brasil e o aumento no valor do pagamento das parcelas para R$ 600 até dezembro, além do papel de destacar as obras de conclusão da transposição do Rio São Francisco, iniciada na gestão PT. O Nordeste é uma dos desafios para a empreitada bolsonarista que historicamente é reduto lulista e conta com 27,11% do eleitorado. Roma surge com apenas 6% das intenções, segundo último levantamento.

Em Alagoas, Bolsonaro conta com o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB) como pré-candidato ao governo estadual. No Ceará, o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), pré-candidato ao governo, deve abrir palanque para o presidente. Em pesquisa divulgada no último dia 16, ele aparece na liderança da disputa com 45,4% das intenções de voto. No Rio Grande do Sul, o líder do Executivo tem ‘bola dupla’. Tanto o deputado federal Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro do governo, e o senador Luiz Carlos Heinze (PP), vice-líder do partido no Senado, se colocaram na disputa como candidatos a governador.
 


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