Brasília - Empenhada em viabilizar a candidatura à Presidência da República, na convenção do MDB marcada para 27 de julho, pelo autoproclamado centro democrático, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) enfrenta dificuldades para montar palanques em seu próprio partido, o MDB, e vê o principal parceiro, o PSDB, cada vez mais distante em alguns estados considerados estratégicos. O União Brasil, liderado pelo pré-candidato da legenda na corrida presidencial, Luciano Bivar, começa a ocupar o espaço que, até então, estava reservado para os emedebistas.
Nos principais colégios eleitorais do país, Simone Tebet passará pelo constrangimento de dividir palanque não só com Bivar, mas com os outros candidatos que estão à frente dela nas pesquisas, como o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O último sinal de advertência veio do Rio Grande do Sul, onde o ex-governador tucano Eduardo Leite declarou apoio à candidatura de Bivar à Presidência em troca da presença do União Brasil na coligação ao governo estadual. Por causa da demora do MDB gaúcho de ratificar a aliança com o PSDB, Leite ofereceu a vaga de vice na chapa dele ao União Brasil, em acordo selado na sexta-feira, em Porto Alegre. “Luciano Bivar terá nosso vivo apoio, terá nosso palanque à disposição”, declarou o ex-governador gaúcho, ao anunciar a aliança.