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Estado de Minas PALÁCIO DO PLANALTO

Bolsonaro a embaixadores: 'Brasil está voando, e o povo gosta da gente'

Em reunião para questionar processo eleitoral, presidente disse a representantes do corpo diplomático: 'Nos comportamos muito bem na pandemia'


18/07/2022 19:21 - atualizado 19/07/2022 10:28

Presidente Jair Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou na tarde desta segunda-feira (18/7) para 40 embaixadores de países estrangeiros no Palácio da Alvorada (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Durante encontro na tarde desta segunda-feira (18/7) com 40 embaixadores de países estrangeiros no Palácio da Alvorada, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro e deu o tom de que seu governo é perseguido por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Tentando envernizar a imagem de sua administração, o chefe do Executivo afirmou que “o Brasil está voando”. “O povo gosta da gente”, emendou.


Quanto aos ministros, as críticas foram concentradas em Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Por que um grupo de três pessoas apenas quer trazer instabilidade para o nosso país, não aceita nada das sugestões das Forças Armadas [que sugeriram mudanças no sistema eleitoral]?", disparou Bolsonaro.



Bolsonaro repetiu críticas a ministros do TSE e do STF, afirmando que Barroso e Fachin "começaram a andar pelo mundo atacando-o" e que Fachin foi o responsável por "soltar Lula" e Barroso.

Leia mais: https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2022/07/18/interna_politica,1381023/bolsonaro-faz-novos-ataques-ao-tse-e-ministros-em-reuniao-com-embaixadores.shtml

O presidente questionou: "Porque um grupo de apenas 3 pessoas querem trazer instabilidade para o nosso país e não aceitam nada as sugestões das Forças Armadas?".

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#Bolsonaro #TSE #Eleições2022
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Além de relacionar Fachin e Barroso ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro afirmou que seu governo é perseguido por opositores políticos. “As ações contra o nosso governo são inúmeras. É uma interferência por semana. Recebo prazo de 48 horas para explicar o porquê de eu não ter feito isso ou aquilo e são (ações) ajuizadas por parlamentares de esquerda. Eles tentam, o tempo todo, desestabilizar o governo”, declarou.


ministro Alexandre de Moraes fixou na última sexta-feira (15/7) um prazo de dois dias para o presidente se manifestar sobre o pedido da oposição para que ele seja proibido de fazer qualquer discurso de ódio ou incitação à violência, sob pena de multa de R$ 1 milhão.


A ação foi movida após o assassinato do guarda municipal petista, morto no  sábado (9/7), em Foz do Iguaçu, no Paraná, após ser baleado por um agente penitenciário federal apoiador de Bolsonaro. Logo, o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), confirmou que iria ao TSE para responsabilizar o presidente por incitar a violência. Em resposta ao magistrado, Bolsonaro respondeu com deboche nas redes sociais.


Bolsonaro questiona confiabilidade do sistema eleitoral


“A desconfiança do sistema eleitoral tem se avolumado”, pontuou Bolsonaro. Nesse aspecto, o objetivo do encontro com os líderes de outros países seria trazer luz sobre a necessidade de “transparência e confiança nas eleições”, segundo o presidente. 


Em uso no Brasil desde 1996, nunca houve registro de fraude nas urnas eletrônicas. Apesar disso, Bolsonaro declarou que “não podemos enfrentar as eleições sob o manto da desconfiança".

"Queremos ter a certeza de que o voto do eleitor vai justamente para aquela pessoa escolhida. Quem ganhar, o outro lado terá que se conformar. Estamos há três meses das eleições (...)”, avaliou Bolsonaro, que, ainda, chegou a retomar a pauta da suposta manipulação de números nas eleições de 2018.  


“O senhor Barroso, também como o senhor Fachin, começaram a andar pelo mundo me criticando, como se eu estivesse preparando um golpe por ocasião das eleições. É o contrário o que está acontecendo”, acusou o presidente. Segundo ele, os ministros estariam atuando no TSE para vedar medidas de transparência com o objetivo de eleger “o outro lado”.


"Eu ando o Brasil todo, sou bem recebido em qualquer lugar. Ando no meio do povo. O outro lado, não. Nem sequer come no restaurante do hotel, porque não tem aceitação. Pessoas que devem favores a eles não querem um sistema eleitoral transparente. Pregam o tempo todo que, após anunciar o resultado das eleições, os chefes de Estado dos senhores devem reconhecer o resultado das eleições”, avaliou.

 

O "Beabá da Política"

série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTokInstagramKwai YouTube.
 

 

 


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