Tentando envernizar a imagem de sua administração, o chefe do Executivo afirmou que “o Brasil está voando”. “O povo gosta da gente”, emendou.
O ministro Alexandre de Moraes fixou na última sexta-feira (15/7) um prazo de dois dias para o presidente se manifestar sobre o pedido da oposição para que ele seja proibido de fazer qualquer discurso de ódio ou incitação à violência, sob pena de multa de R$ 1 milhão.
A ação foi movida após o assassinato do guarda municipal petista, morto no sábado (9/7), em Foz do Iguaçu, no Paraná, após ser baleado por um agente penitenciário federal apoiador de Bolsonaro. Logo, o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), confirmou que iria ao TSE para responsabilizar o presidente por incitar a violência. Em resposta ao magistrado, Bolsonaro respondeu com deboche nas redes sociais.
Bolsonaro questiona confiabilidade do sistema eleitoral
“A desconfiança do sistema eleitoral tem se avolumado”, pontuou Bolsonaro. Nesse aspecto, o objetivo do encontro com os líderes de outros países seria trazer luz sobre a necessidade de “transparência e confiança nas eleições”, segundo o presidente.
Em uso no Brasil desde 1996, nunca houve registro de fraude nas urnas eletrônicas. Apesar disso, Bolsonaro declarou que “não podemos enfrentar as eleições sob o manto da desconfiança".
"Queremos ter a certeza de que o voto do eleitor vai justamente para aquela pessoa escolhida. Quem ganhar, o outro lado terá que se conformar. Estamos há três meses das eleições (...)”, avaliou Bolsonaro, que, ainda, chegou a retomar a pauta da suposta manipulação de números nas eleições de 2018.
“O senhor Barroso, também como o senhor Fachin, começaram a andar pelo mundo me criticando, como se eu estivesse preparando um golpe por ocasião das eleições. É o contrário o que está acontecendo”, acusou o presidente. Segundo ele, os ministros estariam atuando no TSE para vedar medidas de transparência com o objetivo de eleger “o outro lado”.
"Eu ando o Brasil todo, sou bem recebido em qualquer lugar. Ando no meio do povo. O outro lado, não. Nem sequer come no restaurante do hotel, porque não tem aceitação. Pessoas que devem favores a eles não querem um sistema eleitoral transparente. Pregam o tempo todo que, após anunciar o resultado das eleições, os chefes de Estado dos senhores devem reconhecer o resultado das eleições”, avaliou.
O "Beabá da Política"