“Imagina se fosse com o Lula”, comparou o presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (19/7), a respeito do vídeo dos bastidores do filme “A Fúria”, do cineasta Ruy Guerra e que simula um atentado contra o chefe do Executivo. As imagens viralizaram nas redes sociais no último fim de semana.
Em conversa com apoiadores, que pediam ao presidente para investigar os bastidores do filme, ele comentou sobre a produção. “Eles justificam que aquilo é bom para o mundo… Que minha morte é boa para o mundo”, disse com lamentação.
“Imagina se fosse com o Alexandre [Moraes]”, questionou uma apoiadora. “Imagina se fosse com o Lula”, respondeu Bolsonaro.
Os vídeos e as fotos viralizaram na internet, principalmente em redes sociais de apoiadores de Bolsonaro.
Encenação ou estímulo para um atentado contra a vida do Chefe de Estado brasileiro? O MP precisa investigar isso a fundo! Cenas como estas são repugnantes e não podem ser toleradas! pic.twitter.com/tt4lBljtxo
%u2014 Damares Alves (@DamaresAlves) July 16, 2022
Nos posts, deputados e senadores ligados ao presidente diziam que o conteúdo era produção da "TV Globo", o que foi desmentido pela própria emissora.
Na verdade, as imagens fazem parte da produção do filme “A Fúria”, do cineasta Ruy Guerra, que deverá ser lançado em 2023. A obra encerra a trilogia de "Os Fuzis" (1964) e "A Queda" (1977).
Em nota, a produção do filme diz que a cena foi tirada de contexto e divulgada sem autorização.
"Circula na internet uma imagem captada sem autorização de uma filmagem à qual atribui-se suposto, e infundado, discurso de ódio. Ruy Guerra filmou um longa-metragem de ficção que será lançado no final de 2023, portanto não há qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news simulando um fato real", diz a nota.
"Circula na internet uma imagem captada sem autorização de uma filmagem à qual atribui-se suposto, e infundado, discurso de ódio. Ruy Guerra filmou um longa-metragem de ficção que será lançado no final de 2023, portanto não há qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news simulando um fato real", diz a nota.