Jornal Estado de Minas

EUA dizem que eleição brasileira é ''modelo''

Brasília – A embaixada dos Estados Unidos em Brasília divulgou comunicado ontem no qual afirma que o sistema eleitoral brasileiro é “modelo” para o mundo. “As eleições brasileiras, conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo", afirma o comunicado enviado pela assessoria da embaixada americana no Brasil.





A representação diplomática da Casa Branca diz ainda que está “confiante de que as eleições brasileiras de 2022 vão refletir a vontade do eleitorado”. E que “à medida que os brasileiros confiam em seu sistema eleitoral, o Brasil mostrará ao mundo, mais uma vez, a força duradoura de sua democracia”. A embaixada ressalta também que o Brasil tem “forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação dos eleitores”.

Uma comitiva brasileira com representantes de 18 organizações da sociedade civil irá a Washington, entre 24 e 29 de julho, com a intenção de alertar para as ameaças ao processo eleitoral brasileiro feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pedir posicionamento firme do governo norte-americano sobre o resultado das eleições de outubro. A comitiva deve participar de mais de 20 reuniões com membros do Departamento de Estado Americano – que equivale ao Ministério das Relações Exteriores dos EUA – da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados e representantes sociais do país.

“A sociedade civil segue cumprindo seu papel de alertar todos os atores sociais, nacionais e internacionais sobre as ameaças à integridade do processo eleitoral, a cada dia mais explícitas e perigosas. Iremos aos Estados Unidos denunciar os riscos à democracia no Brasil e também buscar aprendizados dos episódios ocorridos por lá que inspiram as tentativas golpistas aqui.”, informou a coordenadora executiva do Pacto pela Democracia, Flávia Pellegrino.

Na sexta-feira (29), haverá uma reunião bilateral com o deputado democrata Jamie Raskin, que está na linha de frente da comissão parlamentar que investiga a invasão do Capitólio americano, em 6 de janeiro de 2021, por partidários do ex-presidente Donaldo Trump, após a derrota dele na eleição para Joe Biden. Ainda no Congresso, ao longo dos cinco dias, haverá encontros bilaterais com outros deputados e senadores, incluindo o democrata Bernie Sanders (Vermont).