O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou nesta quarta-feira (20/07) o policial penal bolsonarista Jorge Jose Guaranho pelo assassinato do guarda municipal petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Os promotores do MP do Paraná concederam uma entrevista coletiva para detalhar a ação penal. Estavam presentes os promotores de Justiça Tiago Lisboa Mendonça e Luís Marcelo Mafra Bernardes da Silva.
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Vantagem de Lula sobre Bolsonaro cai em quatro estados, diz pesquisaDeputada estadual Rosângela Reis acusa PL de fraude e crime políticoNo Dia do Amigo, Zambelli posta foto com Moro e ironiza relação entre elesDe acordo com Bernardes da Silva, Jorge José Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), agiu por motivo fútil, por "preferências político-partidárias antagônicas".
Segundo os promotores, retorno do polícial ao local onde aconteceu o assassinato se deu porque, ele se sentiu "humilhado" pelos petistas presentes. De acordo com os relatos, ele teria gritado, ao atirar, "não vai sobrar um petista”.
“Na hora que ele retornou, ele gritou 'aqui é Bolsonaro' o que nos garante esse link. Por isso que nós convencemos que se trata de uma motivação política”, explicou Bernardes da Silva.
Segundo os promotores, retorno do polícial ao local onde aconteceu o assassinato se deu porque, ele se sentiu "humilhado" pelos petistas presentes. De acordo com os relatos, ele teria gritado, ao atirar, "não vai sobrar um petista”.
“Na hora que ele retornou, ele gritou 'aqui é Bolsonaro' o que nos garante esse link. Por isso que nós convencemos que se trata de uma motivação política”, explicou Bernardes da Silva.
Os promotores preferiram denunciá-lo hoje, mesmo sem ter em mãos todos os laudos periciais, porque, caso contrário, Guaranho poderia ser solto. "O MP entendeu nesse juízo de análise que foi feito, nesse prazo de cinco dias, que apesar dos laudos importantíssimos e fundamentais, não são imprescindíveis para o oferecimento da denúncia. O não oferecimento da denúncia nesse ato poderia acarretar no fato grave que seria a soltura do réu", disse Tiago Lisboa.
Ainda de acordo com os promotores, não foi constatada prática de crimes de ódio, discriminação, ou contra o estado democrático de direito.
Arruda comemorava seus 50 anos quando Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) e agente penitenciário, invadiu o local com uma arma e o assassinou.
Arruda era guarda municipal, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz (Sismufi) e tesoureiro do PT municipal.
Ele comemorava o aniversário na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, quando Guaranho passou de carro e começou a entoar gritos de apoio a Bolsonaro e contra Lula (PT) - ambos pré-candidatos à Presidência da República nas eleições de outubro de 2022.