A Justiça aceitou a denúncia realizada pelo Ministério Público do Paraná que torna o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho réu pelo assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. O apoiador do presidente Jair Bolsonaro responderá por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e colocando a vida de outras pessoas em risco. O crime ocorreu em 9 de julho.
No texto, o MP ressalta que foi um "gravíssimo crime comum (homicídio consumado duplamente qualificado), notoriamente praticado em razão de divergência político-partidária (motivo fútil), que expôs a perigo comum todos aqueles que se encontravam no local".
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Após ver imagens que mostravam uma celebração com a temática de "Lula e o Partido dos Trabalhadores" na Associação Recreativa Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresf), Jorge Guaranho resolveu ir até o local para provocar o aniversariante Marcelo Arruda, que completava 50 anos, e os convidados.
Ele parou o carro em frente ao salão e começou a gritar em exaltação a Jair Bolsonaro (PL) e com ofensas ao PT, a Lula e à esquerda. Após Marcelo reagir jogando terra, o bolsonarista sacou uma arma e apontou aos presentes na festa.
Guaranho ignorou os pedidos da mulher para não se envolver na confusão e, após deixá-la em casa com o filho, retornou à Aresf para tirar satisfações. Já Marcelo, que trabalhava como guarda municipal em Foz do Iguaçu, buscou um revólver em seu automóvel.
Cerca de dez minutos depois do primeiro contato, o policial penal desceu do veículo, invadiu o espaço onde era realizada a comemoração e atirou no petista. Mesmo baleado, Arruda revidou os disparos e atingiu Guaranho quatro vezes.
Os dois foram socorridos, mas o petista acabou falecendo. Jorge Guaranho, por sua vez, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dá sequência à sua recuperação na enfermaria do Hospital Municipal Ministro Costa Cavalcanti, sem previsão de alta.
Diretor encontrado morto
Claudinei Coco Esquarcini, diretor responsável por operar o sistema de vigilância da Aresf, foi encontrado morto no último domingo (17/7), em Medianeira (PR). Ele teria sido o responsável por permitir que Jorge Guaranho acessasse as imagens do local. Segundo a Polícia, a causa da morte de Claudinei foi suicídio.