Relatório de uma embaixada europeia afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) faz declarações "perigosas" e que indicam "ações imprevisíveis". A declaração foi dada logo após o encontro do Chefe do Executivo com embaixadores, no Palácio da Alvorada, na última segunda-feira (18/7).
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'Não há fraude nas urnas', apontam servidores da AbinGilmar Mendes cita eleitos com Bolsonaro para ironizar fraude nas urnas Embaixada dos EUA elogia eleições no Brasil: 'Modelo para o mundo'Paulo Guedes: 'Brasil está num ciclo de crescimento, apesar do juro'Fachin dá cinco dias para Bolsonaro se manifestar sobre ataque às urnasPara ajudar Bolsonaro nas pesquisas, Auxílio Brasil pode ser antecipadoReunião com embaixadores deixou Bolsonaro ainda mais isoladoYouTube mantém live de Bolsonaro com embaixadores no arNo relatório, disponibilizado à CNN, a embaixada usa transcrições do presidente durante a reunião com os embaixadores e analisa o comportamento de Bolsonaro. Em um trecho do texto, eles destacam os ataques do presidente aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e citam o momento em que Bolsonaro fala da atuação do ministro Luís Roberto Barroso.
"O presidente disse que Luís Roberto Barroso (STF) se tornou ministro do STF por sua atuação na defesa de Cesare Battisti, durante o governo Lula. Vale ressaltar que o agora ministro exerceu suas prerrogativas de advogado dentro da lei", pontua a embaixada.
O documento também pontua as falas do presidente que o "incluem" nas Forças Armadas, que, conforme a embaixada, "reforça o argumento de que Bolsonaro nunca deixou realmente o uniforme de capitão".
A embaixada também ressalta no texto que Bolsonaro "mentiu quando mencionou falsas alegações de que algumas pessoas pressionaram 17 (número do PSL), em 2018, e o voto foi para outro candidato". O relatório diz que o TSE já esclareceu que os vídeos eram falsos e editados.
De acordo com o relatório, o presidente ainda repetiu falas que já foram classificadas como "fake news" pela Justiça Eleitoral, entre as quais a de que o sistema eletrônico de votação não pode ser auditado.