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Mas ele continuou sem responder. “Você também não leu o inquérito, né? Que vergonha para vocês!”, disse. Bolsonaro se refere a um inquérito da Polícia Federal (PF), que ele vazou em 2021, onde aponta uma suposta fraude nas eleições de 2018. O caso foi desmentido pela PF e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em seguida, ele insiste em dizer que é uma “vergonha” ela não saber deste inquérito, mas a repórter também repete várias vezes que a pergunta dela não foi sobre isso. Até que o presidente responde: “Acabou tua cota de entrevista aí”.
Bolsonaro e os ataques às urnas eletrônicas
Desde as eleições de 2018, o presidente fez vários ataques às urnas eletrônicas. Além de sugerir o “voto impresso”, ele chegou a colocar dúvidas sobre o resultado do último pleito.
O mais recente, por exemplo, foi em uma reunião com 40 embaixadores de outros países. No pronunciamento, Bolsonaro citou novamente o inquérito aberto pela Polícia Federal na época, que apurou uma invasão cibernética aos sistemas do TSE.
Bolsonaro relatou, que, segundo o TSE, os hackers ficaram por oito meses dentro dos computadores. “O invasor teve acesso a toda a documentação do TSE, toda base de dados por 8 meses. É uma coisa que, com todo respeito, eu sou o presidente do Brasil e fico envergonhado de falar isso daí”.
Em outra alegação sem provas, disse que dezenas de vídeos das eleições de 2018 mostram que o eleitor “ia votar em 17 do Bolsonaro e não conseguia votar. Ia apertar o 7 não conseguia. Aparecia o 13”, emendou em referência ao 13 de Lula.