“A minha candidatura é para valer e aí está a prova de que já está incomodando. E por que não tentaram isso lá atrás? Porque não acreditavam que nós iríamos levar até o final", afirmou a senadora em coletiva a jornalistas. Ela foi questionada sobre a iniciativa do senador Renan Calheiros (MDB) em ameaçar judicializar a convenção do partido. Calheiros lidera a ala pró-Lula no MDB.
“Menos Lula, menos Bolsonaro e mais Brasil. Vamos devolver o Brasil para quem é dono dele, para o povo brasileiro, para o povo trabalhador, para a trabalhadora, a dona de casa e a mãe, aquela mulher que se sacrifica pelo seu filho, que tem de enfrentar jornadas duplas, até triplas de trabalho, e ganha 25% menos do que os homens, se for uma mulher preta, chega a ganhar 40% menos”, continuou Tebet.
A senadora está em agenda em São Paulo e foi recebida pelo prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), no diretório municipal do ABC Paulista. Também estava no evento o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire. Os três partidos compõem o autointitulado "centro democrático".
Freire frisou que a consolidação da candidatura da senadora é certa no dia 27. "E que tomem tento aqueles que pensam que já venceram as eleições”, alertou.
Crise no MDB
Na segunda-feira (18/7), Lula reuniu-se com representantes de 11 diretórios estaduais do MDB, incluindo Calheiros, e recebeu seu apoio oficial. No dia seguinte (19/7), os caciques encontraram-se com o ex-presidente Michel Temer (MDB) que, a jornalistas após a reunião, defendeu que a convenção nacional para referendar o nome de Tebet ao Planalto deve ser adiada. A ideia do grupo é dar tempo para articular apoio a Lula.
O presidente nacional da legenda, o deputado federal Baleia Rossi (MDB), frisou ainda na terça, que a reunião não será adiada. Em resposta, Renan Calheiros ameaçou judicializar o caso. "Sem diálogo, sem avaliações realistas sobre o desempenho da pré-candidatura, sem competitividade nas pesquisas é insanidade sacrificar o MDB nos estados. A persistir a obsessão não restará alternativa senão a judicialização da própria convenção", disse Calheiros hoje (22/7) em sua conta no Twitter.
Sem diálogo, sem avaliações realistas sobre o desempenho da pré-candidatura, sem competitvidade nas pesquisas é insanidade sacrificar o MDB nos estados. A persistir a obsessão não restará alternativa senão a judicialização da própria convenção.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) July 22, 2022