Para o presidenciável André Janones (Avante), o aumento provisório do Auxílio Brasil para R$ 600 foi uma "medida eleitoreira". Deputado federal, ele votou favoravelmente ao reajuste quando o tema estava sendo analisado pela Câmara. Janones é defensor de transferência de renda permanente fixada, justamente, em R$ 600 - e ganhou notabilidade ao encampar, no Congresso Nacional, a pauta do auxílio emergencial.
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Para viabilizar a aprovação do texto a respeito do tema no Legislativo, a solução foi uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para declarar estado de emergência.
Ao tratar do Auxílio Brasil, Janones, que será oficialmente lançado candidato a presidente neste sábado (23), apontou contradições no discurso de Bolsonaro.
"Devemos questionar não porque estamos pagando os R$ 600 agora, mas porque não pagamos antes e porque não vamos pagar a partir de janeiro. E, principalmente, porque Bolsonaro, que me chamava de populista e idiota, e também a todos que defendiam aumento do auxílio há três meses, da noite para o dia, na véspera da eleição, concede o aumento",
Impacto fiscal
A PEC Emergencial prevê, ainda, vale-gás de cozinha, auxílio a caminhoneiros e taxistas, bem como reposição aos estados por perdas relativas ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).O texto contempla, também, reforço nos valores destinados a agricultores familiares, extrativistas e pescadores que têm suas produções alimentícias repassadas a famílias de baixa renda.
Janones, contudo, não acredita em rombo fiscal por causa da nova versão do Auxílio Brasil.
"Existem fontes mais do que suficientes para a manutenção desse valor não só até dezembro, mas depois, inclusive", argumentou. "Se for deixado esse rombo, será mais uma das inúmeras provas da total incompetência do governo", pontuou.