A Federação Brasil da Esperança (FeBrasil), formada por PT, PCdoB e PV, oficializou, neste domingo (24/7), a indicação do deputado estadual André Quintão (PT) para ser o vice-candidato ao governo mineiro na chapa de Alexandre Kalil (PSD). A aliança com os pessedistas foi formalizada durante a convenção da coalizão entre petistas, comunistas e verdes, em Belo Horizonte.
O PT ensaiou lançar o deputado federal Reginaldo Lopes como candidato ao Senado, mas abriu mão para apoiar Kalil e Alexandre Silveira, nome do PSD para senador. Para viabilizar a aliança ao ex-prefeito de BH, o partido, então, recebeu a vaga de vice.
Leia Mais
Novo confirma Zema e põe Eduardo Costa como plano A para vice na chapaZema após Kalil citar 'estradas vergonhosas': 'Mandar pedra é mais fácil'PL oficializa candidatura de Bolsonaro neste domingo (24)André Quintão vai ser secretário do Ministério do Desenvolvimento SocialAndré Quintão diz que Zema quer se distanciar de Bolsonaro nas eleiçõesKalil traça plano para a campanha: 'Mostrar como a vida em BH melhorou'Kalil pede Lula no lugar de Bolsonaro: 'Vamos dar oportunidade a outro'Vídeo em que Lula parece ser vaiado ao sair de van teve áudio alteradoPara o vice de Kalil, a eleição estadual será influenciada pela disputa nacional protagonizada por Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele apontou semelhanças entre os programas de Bolsonaro e Zema. “Essa disputa reflete projetos políticos nacionais e estaduais distintos. Vamos apresentar, em Minas, um projeto de reconstrução social, econômica, cultural e ambiental muito conectado ao projeto nacional defendido por Lula”, garantiu.
Quintão foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2002. No Parlamento, ele é líder do grupo de oposição a Zema. “Neste momento do país, temos que colocar os interesses superiores acima de qualquer interesse pessoal ou partidário”, assegurou.
‘Federação baseada em projetos’
Agora unidos em uma federação, batizada de Brasil da Esperança, PT, PCdoB e PV vão precisar atuar unidos por, no mínimo, quatro anos. Na prática, as três legendas terão de trabalhar como se fossem um partido único. As articulações entre os dirigentes das agremiações começaram no ano passado, à época da organização de atos contra Bolsonaro. Depois, houve movimentos para a construção de uma candidatura antiZema.
“Essa federação foi uma construção (baseada) em projetos, em uma forma de enxergar o mundo, Minas e o Brasil”, pontuou Quintão.
De acordo com Wadson Ribeiro, presidente do PCdoB e um dos vice-presidentes da federação em Minas, o projeto da aliança em torno de Kalil deve contemplar itens como a reindustrialização do estado e o investimento na educação.
“Minas não pode ter um governo que aplaude o desmatamento e a mineração irresponsável”, criticou.
O PT terá 42 candidatos a deputado federal e 56 postulantes a deputado federal. No PV, serão nove candidatos à Câmara e 13 à Assembleia.. O PCdoB, por sua vez, apresentou três nomes no plano federal e outros oito no campo nacional. O objetivo do grupo em Minas é saltar para 16 deputados federais — hoje, são 8.